O Presidente brasileiro, Lula da Silva, disse hoje esperar que “seja feita justiça” no julgamento no qual Jair Bolsonaro é acuado de golpe de Estado, mas que seja respeitado o “direito da presunção de inocência” dos réus.
“Que seja feita justiça, respeitando o direito da presunção de inocência, só isso. Desejo para mim e para qualquer inimigo meu o direito de presunção de inocência, para que fiquem sabendo da verdade”, disse o chefe de Estado brasileiro, à margem do velório do jornalista Mino Carta, citado pela imprensa local.
“Se é inocente, prove que é inocente. Prove que é inocente, que não tem nada a ver com isso”, frisou.
O chefe de Estado brasileiro disse ainda que este julgamento não é direcionado a “ninguém pessoalmente”, mas sim “em função dos autos do processo”.
Numa alusão ao seu caso pessoal, tendo chegado a ser preso no processo da Lava Jato, Lula da Silva disse: “Ele pode se defender como eu não pude me defender. Eu não reclamei, não fiquei chorando, fui à luta”.
O dia de ontem ficou marcada pelo início do julgamento de Jair Bolsonaro e de sete outros arguidos acusados de tentativa de golpe de Estado, que começou com a leitura do resumo do caso por parte do juiz Alexandre de Moraes, o relator do processo, e pela intervenção do procurador-geral Paulo Gonet, que considerou todos os acusados responsáveis pelos atos de que são acusados, seguindo-se depois as intervenções das defesas por ordem alfabética.
Na próxima semana terá lugar a votação dos cinco juízes que compõem a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
Além de Jair Bolsonaro, estão em julgamento o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general na reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República Augusto Heleno, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general na reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Neto.
Este grupo chamado de “Núcleo 1” ou “Núcleo Crucial”, responde por tentativa de abolição violenta do Estado de Direito Democrático, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.
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