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Amadora-Sintra: presidente do Conselho de Administração demite-se

Ministra da Saúde revelou que o responsável apresentou pedido de demissão após “falha grave” na prestação de informação sobre o caso da grávida que faleceu no final da semana passada. Ana Paula Martins aceitou esse pedido.
3 Novembro 2025, 11h33

O presidente do Conselho de Administração do Hospital Amadora-Sintra, Carlos Sá, apresentou a demissão na sequência de ter prestado informação incompleta à ministra da Saúde relativamente ao caso da grávida que morreu no final da semana passada. A revelação foi efetuada pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, respaldando um comunicado do Hospital Amadora-Sintra que foi conhecido esta segunda-feira. Recorde-se que Carlos Sá tinha sido nomeado pelo Governo em fevereiro deste ano.

“No domingo, fui informada que uma parte da informação que me tinha sido dada era incompleta, porque a grávida tinha tido consultas de vigilância nos cuidados de saúde primários. Devido a essa informação ter sido prestada de forma incompleta, e ter sido uma falha grave, o presidente do Conselho de Administração, pôs o seu lugar à disposição e aceitei o seu pedido de demissão”, destacou a ministra, à margem de um encontro numa empresa privada do setor.

Antes, Ana Paula Martins tinha referido que “o mais importante é o quanto lamentamos a morte desta mulher e do seu bebé. É uma situação muito sensível e que merece-nos uma grande consternação”. “Na sexta-feira, a informação que obtive da ULS foi-me prestada. Tenho sempre muito cuidado com estas informações e nem compete à ministra da Saúde estar a comentar casos clínicos”, sublinhou.

A administração do Hospital de Amadora-Sintra reconheceu hoje que a grávida de 36 anos que morreu na sexta-feira depois de ter tido alta dias antes estava a ser acompanhada nos cuidados de saúde primários desde julho.

Em comunicado, o conselho de administração da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra (ULSASI) revelou que, “devido à inexistência de um sistema de informação clínica plenamente integrado, que permita a partilha automática de dados e registos médicos entre os diferentes serviços e unidades […], só hoje ao final da tarde foi possível verificar que a utente se encontrava em acompanhamento nos cuidados de saúde primários da ULSASI desde julho de 2025, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Agualva”.

Segundo o comunicado da administração hospitalar, a mulher fez duas consultas de vigilância de gravidez, em 14 de julho e 14 de agosto, tendo realizado consultas de obstetrícia no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, nos dias 17 de setembro e 29 de outubro, esta última dois dias antes de morrer.

 

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