A Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE – CPLP) apresenta, esta sexta-feira, o “Start CPLP”, um projeto pensado para capacitar jovens empreendedores do espaço lusófono.
O novo programa, que se estende às fases de incubação e aceleração de negócios, tem como público-alvo jovens dos países da CPLP entre os 17 aos 35 anos e será dado a conhecer na sede da CPLP em Lisboa, na presença da Secretária-Executiva da CPLP, Embaixadora Maria de Fátima Jardim, da Presidente da CE – CPLP, Nelma Fernandes, e dos vários Embaixadores dos países da comunidade.
“Os nossos jovens anseiam por oportunidades e o Start permite fomentar, desenvolver talento e empreendedorismo. Ao apoiar, capacitar e dar voz ao talento jovem para empreender, estamos a trabalhar na base para um setor privado mais sólido e robusto”, diz ao Jornal Económico (JE), Higor Esteves, vice-presidente da Comissão Executiva da CPLP.
Foi há um ano que o projeto começou a ser pensado, na altura em que “a CE – CPLP incluiu na sua agenda a inovação, formação e empreendedorismo como alguns dos pilares basilares para o crescimento sustentável da economia na CPLP e para uma maior relação multilateral entre os Estados-membros”, recorda.
Segundo o mesmo responsável, o “Start” está organizado em vários programas “pensados em fases, onde os jovens têm a possibilidade de desenvolver as suas habilidades profissionais e conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho e igualmente concorrer a bolsas de estágios junto às empresas que apoiam esta grande iniciativa”.
“Para aqueles que demonstrarem interesse em desenvolver o seu próprio negócio, vão avançar para a possibilidade de fazer parte do nosso programa de incubação e aceleração, com o nosso suporte de mentoria e apoio dos nossos parceiros, incluindo fundos de investimento e instituições públicas e privadas.
“Ainda há muito por fazer”
Segundo Higor Esteves, o “ecossistema de startups no espaço da CPLP tem vindo a evoluir, mas continua muito heterogéneo”. “Há países que já começam a consolidar hubs tecnológicos com dimensão internacional, enquanto outros ainda estão a construir as bases para apoiar o empreendedorismo de forma estruturada”.
“Apesar dessas diferenças, existe um potencial enorme: partilhamos uma língua comum, ligações históricas, uma diáspora qualificada e economias que se complementam”, continuou.
Mas “ainda há muito por fazer”: “é necessário reforçar os mecanismos de financiamento, profissionalizar incubadoras e aceleradoras, e sobretudo criar mais pontes entre empresas, universidades e governos, por exemplo”.
Segundo o vice-presidente da Comissão Executiva da CPLP, para que as startups escalem “de forma natural dentro do espaço CPLP” é necessária uma “maior articulação entre políticas de inovação e internacionalização”.
“A cooperação é decisiva. Quando os Estados-membros da CPLP partilham conhecimento, casos de sucesso e boas práticas, criam massa crítica. E quando trabalham juntos na mobilidade de talento, no acesso a mercados ou em programas conjuntos, tornam todo o ecossistema mais competitivo. Se reforçarmos essa partilha e criarmos instrumentos práticos de integração, podemos transformar a CPLP num bloco muito mais forte no panorama global da inovação”, defendeu Higor Esteves.
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