A taxa de desemprego em 2020 foi de 6,8%, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), um aumento de 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao verificado em 2019. No último trimestre do ano, a estimativa do INE é que a taxa de desemprego tenha sido de 7,1%, uma queda de 0,7 p.p. em relação ao trimestre anterior, mas que fica 0,4 p.p. acima do resultado homólogo de 2019.
A publicação destaca a taxa de subutilização do trabalho, que subiu no ano em consideração até aos 13,9%, 1,2 p.p. acima do registado em 2019. Este indicador ganhou uma relevância acrescida no contexto pandémico, com os mecanismos de redução de horário de trabalho a terem um forte impacto neste resultado.
A população empregada diminuiu em 2020, caindo em 99 mil pessoas, um decréscimo de 2,0%. Adicionalmente, a população desempregada cresceu 3,4%, ou 11,4 mil pessoas, o que suporta a trajetória observada da taxa de desemprego.
Para os jovens entre os 15 e os 24 anos, esta taxa fixou-se nos 22,6%, uma subida de 4,3 p.p. em relação à estimativa para 2019. O INE reporta ainda que no subgrupo dos jovens entre os 15 e os 34 anos, 11,6% não trabalha nem estuda, o que representa um aumento de 2,1 p.p. em relação ao ano anterior.
A percentagem de desempregados que é considerado de longa duração caiu significativamente, fechando 2020 com 39,5% do desemprego, uma queda de 10,3 p.p. que constitui a maior variação negativa deste indicador na série do INE.
Analisando o último trimestre de ano, verifica-se que a população empregada, que atingiu as 4.859,5 mil pessoas, cresceu 1,2% em relação ao trimestre anterior, mas ficou 1,0% abaixo do registado em igual período de 2019.
A população empregada ausente do trabalho na semana de referência desta análise caiu 47,8% em relação ao trimestre anterior, mas cresceu 26,0% quando comparada em termos homólogos, outro reflexo do impacto da crise gerada pela Covid-19. Similarmente, o volume de horas trabalhadas aumentou 8,5% em termos trimestrais, tendo caído 6,6% em termos homólogos.
Também a taxa de subutilização do trabalho teve comportamento semelhante ao registar 13,8%, o que significa uma queda trimestral de 1,1 p.p. a contrastar com o aumento de 1,3 p.p. em relação ao período homólogo. A subutilização do trabalho atingiu 750,3 mil pessoas, o que é um decréscimo de 7,8% em termos trimestrais, mas uma subida homóloga de 10,7%. O INE explica que o aumento homólogo é explicado em grande parte pela subida do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego.
[atualizado às 11h43]
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