O PSI-20 fechou a última sessão da semana em queda de 1,87% para 4.725,83 pontos, em contramão com o resto da Europa.
A EDP Renováveis tombou -7,48% para os 20,40 euros, no dia em que assegurou um contrato de energia solar na Hungria. O que representa a entrada do Grupo EDP naquele mercado.
O grupo liderado por Miguel Stilwell d’Andrade ganhou um contrato a 15 anos para vender a energia produzida por um projeto solar fotovoltaico neste país europeu.
A pressionar o título esteve a recomendação da UBS (que iniciou a cobertura da empresa portuguesa) de venda das ações por considerar que estão caras. O banco de investimento coloca o preço-alvo em 19,05 euros.
Num índice onde a maioria das ações fechou em queda, destacam-se outras ações com quedas acima de 2%. É o caso da Ramada (-2,75% para 4,96 euros); da Mota-Engil (-2,10% para 1,40 euros); da Pharol que ontem anunciou a renuncia do administrador Jorge Cardoso (ex-administrador do Novo Banco) e que fechou a perder -2,25%.
O BCP também se destacou nas perdas ao recuar -1,81% para 0,1191 euros. A EDP, contagiada pela perda da sua subsidiária, fechou a cair -1,44% para 4,94 euros. Ibersol (-1,57%) e CTT (-1,81%) estão também entre os títulos que mais caíram.
Em alta apenas fecharam três títulos, com a Galp a liderar os ganhos ao subir +1,03% para 9,01 euros à boleia da subida do petróleo. A Corticeira Amorim avançou +0,55% para 11 euros e a Navigator fechou a subir 0,54% para 2,61 euros.
“As bolsas europeias encerram a última sessão da semana no verde, com o PSI20 a ser a exceção aos ganhos, castigado pela desvalorização de 7,5% da EDPR, que até assegurou um contrato de energia solar na Hungria, mas viu uma casa de investimento recomendar a venda dos títulos”, destaca na sua análise, Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking.
O EuroStoxx 50 valorizou 0,65% para 3.695,61 pontos e o Stoxx 600 subiu 0,64%.
O FTSE 100 subiu 0,94% para 6.589,8 pontos; o CAC subiu 0,60% para 5.703,7 pontos; o DAX fechou positivo nos +0,06% para 14.049,9 pontos; o FTSE MIB avançou 0,44% para 23.410,6 pontos e o IBEX ganhou 0,22% para 8.055 pontos.
Na Europa a par com Portugal, só a Polónia viu a bolsa fechar em queda. “Destaque para o aumento de tensões entre a Rússia e a União Europeia, após o Ministro das Relações Exteriores russo alertar que o país está pronto para cortar as relações com a UE, caso o bloco imponha sanções que prejudiquem a economia russa”, diz o analista do BCP.
No plano macroeconómico chegou a indicação de que a confiança dos consumidores nos EUA se degradou em fevereiro. Não há por isso dados europeus a destacar.
O petróleo dispara no mercado de Londres e nos EUA. O Brent, referência na Europa valoriza 2,16% para 62,46 dólares. O crude WTI no NYMEX sobe 2,2% para 59,52 dólares.
O euro cai 0,03% para 1,2126 dólares.
O mercado de dívida pública regista uma subida das yields da dívida alemã a 10 anos (3,03 pontos base) para -0,43%. Também os juros da República portuguesa agravam 3,76 pontos base para 0,10%, longe dos valores negativos que já atingiu. Espanha também tem os juros a subirem 3,55 pontos base para 0,16% e Itália tem os juros em alta de 2,25 pontos base para 0,48%.
Em Portugal, o INE divulgou que
No 4º trimestre de 2020, o Índice de Custo do Trabalho (ICT), ajustado de dias úteis, registou uma taxa de variação homóloga de 6,6% (6,0% no 3º trimestre de 2020). As duas principais componentes dos custos do trabalho são os custos salariais e os outros custos (por hora efetivamente trabalhada). Os custos salariais aumentaram 6,5% e os outros custos aumentaram 7,0%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
No conjunto do ano de 2020, o ICT aumentou 8,6%, devido a acréscimos de 9,2% nos custos salariais e de 6,1% nos outros custos do trabalho.
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