Em outubro de 2020, o colecionador de arte Pablo Rodriguez-Fraile, com sede em Miami, gastou quase 67 mil dólares (55,63 mil euros) numa obra de arte de 10 segundos que poderia ter assistido online. Na semana passada, Pablo Rodriguez-Fraile vendeu a peça por 6,6 milhões de dólares, segundo a “Reuters”.
O vídeo do artista digital Beeple, cujo nome verdadeiro é Mike Winkelmann, foi autenticado pelo blockchain, que serve como uma assinatura digital para certificar quem o possui e a quem pertence a obra original.
É um novo tipo de ativo digital que explodiu em popularidade durante a pandemia enquanto entusiastas e investidores lutam para gastar enormes quantias de dinheiro em itens que só existem online. A tecnologia blockchain permite que os itens sejam autenticados publicamente como únicos, ao contrário de objetos online tradicionais que podem ser reproduzidos sem parar.
“Pode ir ao Louvre e tirar uma foto da Mona Lisa e tê-la lá, mas não tem valor porque não tem a procedência ou a história da obra”, garantiu Rodriguez-Fraile, que revelou ter comprado a peça de Beeple pela primeira vez por causa do seu conhecimento do trabalho do artista norte-americano. “A realidade aqui é que isto é muito, muito valioso por causa de quem está por trás disso”, apontou.
Os investidores alertam, no entanto, que este mercado pode representar uma ilusão. Como muitas novas áreas de investimento de nicho, há o risco de grandes perdas e poderão existir novas oportunidades privilegiadas para os que cometem fraude, num mercado onde muitos participantes operam sob pseudónimos.
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