“Não podemos continuar num partido que nos trata assim”, diz a carta enviada pelos 31 militantes do partido socialista em Pedrógão Grande que pediram esta terça-feira desfiliação do partido. A missiva enviada ao presidente do PS, Carlos César, e à secretária-geral adjunta do partido, Ana Catarina Mendes, a que o Expresso teve acesso, expressa a revolta dos militantes em questão face ao candidato escolhido pelo PS para as próximas eleições autárquicas.
Na sequência do “forte descontentamento que se vive atualmente” na concelhia, os 31 socialistas recusam “continuar a desempenhar o papel de meros pagadores de quotas, cuja voz não é ouvida, tida ou achada na tomada de decisão” e pediram, por isso, desfiliação do PS “com efeitos imediatos”.
Entre estes está o fundador do PS em Pedrógão Grande, António Salgueiro Batista, bem como dirigentes e membros da atual comissão política. Segundo escreve o semanário, o número de militantes na região a desvincular-se do partido poderá ainda aumentar e vir a ultrapassar metade dos 70 militantes da concelhia.
“Eleição após eleição, [as escolhas dos candidatos] não são da responsabilidade nem correspondem à legítima vontade dos militantes desta concelhia, mas sim de terceiros”, continua a carta. Para outubro, o candidato do PS para as autárquicas é o atual presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, que tinha sido eleito em 2013.
Além de a escolha não ter sido aprovada com unanimidade na reunião da comissão política da concelhia, houve “um “enorme desagrado gerado pelo facto de muitos militantes apenas terem tido conhecimento do nome do candidato do PS à Câmara Municipal de Pedrógão Grande pela comunicação social”, referem os militantes.
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