Um tribunal curdo ratificou esta quinta-feira o resultado do referendo favorável à independência da região autónoma do Curdistão iraquiano, informou à agência espanhola EFE o chefe da Alta Comissão Eleitoral do Curdistão, Hendrin Mohammed.
Segundo o responsável, os três juízes que formavam o Tribunal de Apelação de Erbil – capital do Crudistão – ratificaram os resultados do referendo de 25 de setembro, em que 92% dos votantes foram a favor independência do Iraque.
Hendrin Mohammed explicou que, embora haja dez queixas de partidos políticos, esta “apelação” não afeta o resultado final do referendo, que registou uma participação de 72% do eleitorado curdo.
A realização da votação no Curdistão iraquiano, proibida pela Justiça do Iraque e cujo resultado não foi reconhecido por Bagdad, elevou a tensão tanto com o governo iraquiano quanto com os países vizinhos onde há minorias curdas, especialmente com a Turquia, cujo presidente, Recep Tayyip Erdogan, afirma que nunca permitirá a criação de um Estado curdo.
Após o referendo, Bagdad cancelou todos os voos internacionais com origem e destino no Curdistão iraquiano e paralisou as transferências aos bancos curdos, veto que foi parcialmente suspenso ontem para quatro entidades curdas que prometeram “continuar as instruções” do Banco Central Iraquiano.
O governo do Iraque também vetou as exportações de produtos derivados de petróleo do Curdistão, que conta com uma das maiores reservas da região, e anunciou sua intenção de administrar a extração dos poços na disputada cidade de Kirkuk, no nordeste do país.
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