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54 anos depois, assassinato de JFK ainda gera polémica. Arquivos da investigação já são públicos

Após 54 anos do assassinato do presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, os arquivos secretos relacionados com as investigações do governo norte-americano sobre o crime serão divulgados hoje. Polémica ainda perdura.
26 Outubro 2017, 17h57

O presidente Donald Trump autorizou a abertura dos arquivos, cumprindo assim a lei aprovada pelo Congresso dos EUA, em 26 de outubro de 1992. A lei JFK determinou que os documentos secretos sobre o assassinato de JFK se tornassem públicos 25 anos após a promulgação do texto.

A Casa Branca ainda não informou se Trump vai disponibilizar todos os arquivos – existem cerca de cinco milhões de documentos arquivados. Já foram divulgados 88%, mas 11%, cerca de 3 mil, permanecem classificados como secretos.

A imprensa americana especula que, para alguns órgãos de inteligência governamentais como o FBI e a CIA, alguns documentos deveriam ser mantidos sob segredo de Estado. De acordo com a imprensa, Trump estaria a enfrentar pressões para bloquear parte destes documentos, porque alguns contêm dados de agentes que ainda estão em atividade.

Esta quarta-feira, Trump escreveu no Twitter que hoje (quinta-feira) seria o dia da publicação dos arquivos confidenciais. Num post anterior, Trump foi mais cauteloso. “Sob reserva do conhecimento de informações adicionais, vou autorizar, como presidente, que sejam abertos os arquivos classificados e há muito tempo bloqueados de JFK”, escreveu.

A lei aprovada pelo Congresso americano em outubro de 1992 garantiu o direito público à informação presente nos arquivos secretos que reúnem os registos das investigações dos serviços de inteligência como a CIA e o FBI e do Departamento de Justiça.

Filme de Oliver Stone reacendeu polémica

O jovem presidente John F. Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas. O atirador Lee Harvey Oswald foi apontado como o único responsável pelo crime, mas várias teorias da conspiração afirmam que Lee não teria sido o único responsável.

Em 1991, o filme JFK, de Oliver Stone, alimentou essas teorias e acendeu um debate público sobre as circunstâncias do assassinato de JFK. A lei aprovada em 1992 teve como objetivo travar o debate conspiratório.

Segundo o relatório que justificou a lei, o filme de Oliver Stone “popularizou uma versão do assassinato do presidente Kennedy que apontava agentes do FBI e da CIA como conspiradores”.

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