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Marcelo recusa ‘bate papo’ sobre relações com Governo

O Presidente da República recusou hoje comentar as declarações do primeiro-ministro, António Costa, sobre as relações entre os dois órgãos de soberania, dizendo que o que interessa são factos e não “bate papo”.
27 Outubro 2017, 19h18

“Eu já vos disse que o que interessa aos portugueses agora são, não palavras, mas factos, que é tratar das vitimas da tragédia”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, após ser questionado sobre as declarações de António Costa.

Para o chefe de Estado, o importante “não é diz-se, diz-se, não é ‘bate papo’, é factos, tratar das vítimas da tragédia para não haver mais tragédia nenhuma, mais nenhuma”.

Costa mostrou-se otimista quanto a continuidade da “cooperação exemplar” com o Presidente. O primeiro-ministro negou, esta sexta-feira, qualquer “abalo” na relação com o Presidente da República.

“Acho que aquilo de que o país precisa é que os órgãos de soberania continuem a fazer o que têm feito ao longo destes dois anos, que é ter uma cooperação exemplar entre si, contribuindo para um bom relacionamento institucional, porque esse tem sido um dos fatores mais importantes da motivação dos portugueses”, sublinhou António Costa, respondendo a uma pergunta dos jornalistas sobre se a relação entre Governo e Presidente da República saía afetada dos incêndios.

Questionado pela comunicação social se já tinha recuperado do “choque” das palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa frisou que tem “nervos de aço” e, além disso, é “um otimista, às vezes irritante, mas sempre otimista”.

O líder do executivo frisou que tem “a certeza” que se vai prosseguir “aquilo que os portugueses têm apreciado muito da parte do Presidente da República, da parte da Assembleia da República, da parte do Governo, que é um excelente esforço de cooperação institucional”.

Marcelo Rebelo de Sousa prossegue hoje a visita ao grupo oriental do arquipélago, que começou na quarta-feira e termina no sábado.

 

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