O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar esta terça-feira a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais do terceiro trimestre deste ano. Depois de uma expansão homóloga de 2,9% no primeiro trimestre e de 3% no segundo, as expectativas dos analistas são de um abrandamento do ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
“Em termos homólogos, espera-se um recuo material do ritmo de expansão, de 3,0% para 2,5%. A eventual queda do crescimento homólogo decorre da projeção de um contributo negativo da procura externa líquida, determinado por uma expansão das importações superior à das exportações”, refere uma nota de análise publicada esta segunda-feira pelo Millennium BCP, que aponta para uma taxa de variação em cadeia de 0,5%.
Contudo, o banco espera boas notícias na composição do crescimento, que tragam melhorias a nível de investimento e da poupança. “Não obstante, espera-se que a procura interna mantenha um ritmo de crescimento robusto, sobretudo ao nível do investimento. O consumo privado deverá continuar a crescer aquém do rendimento disponível, possibilitando uma recuperação da taxa de poupança dos baixos níveis atuais. A solidez da dinâmica subjacente da economia sugere o prolongamento da trajetória de recuperação da actividade nos próximos trimestres, especialmente se o contexto externo prosseguir favorável”, acrescenta.
Estimativas publicadas antes por outras instituições apontam também para uma desaceleração da taxa de crescimento do PIB. Numa nota de conjuntura publicada no início do mês, o Fórum da Competitividade antecipava um crescimento homólogo do PIB entre 2,5% e 2,7%, argumentando que o “investimento começa a dar sinais de alguma desaceleração, depois de dois trimestres relativamente fortes”.
O Núcleo de Estudos da Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, antecipou na folha trimestral de conjuntura relativa ao terceiro trimestre, que a economia deveria expandir 2,8% em termos homólogos. Apesar da expectativa de abrandamento, os economistas desta instituição destacavam o bom desempenho em termos anuais, já que Portugal deve conseguir a melhor taxa de crescimento dos últimos 17 anos.
O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) refere, numa síntese de conjuntura do final de outubro, que, “apesar de incompleta, a informação relativa ao terceiro trimestre torna bastante provável que o crescimento homólogo do PIB se tenha mantido próximo do verificado no segundo trimestre, estimando-se que este crescimento tenha atingido os 2,9%”.
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