António Murta, managing partner da Pathena, antecipa a chegada da quarta revolução industrial, que poderá revolucionar setores como o da saúde global, no painel “Do Otimismo Tecnológico – com reservas”, durante a Conferência “O Triunfo dos Otimistas”, organizada pelo Jornal Económico e pela Casa de Investimentos, esta quarta-feira, em Lisboa.
“Nos próximos anos vamos ver uma interseção entre digital e o biológico como nunca vimos”, disse Murta. “Progredimos incrivelmente na esperança média de vida, mas também é certo que estamos ela primeira vez num paradigma de subida dos custos com saúde”.
Segundo o managing partner da Pathena, 95% dos custos com saúde dizem respeito a medicina reativa, dos quais 75% estão relacionados com doenças crónicas. “Precisamos de novos paradigmas de medicina remota para acompanhar pessoas com doenças crónicas”, defendeu, dando o exemplo de pessoas com diabetes.
Apesar de se afirmar um otimista que adora tecnologia, tem preocupações sobre as mudanças tecnológicas. Uma das questões que levanta prende-se com a diferença entre a criação de riqueza e a produtividade, sublinhando que desde 2015 que o crescimento do produto interno bruto não tem acompanhado o aumento da produtividade global.
“Este é um mundo ultra-competitivo onde cabem um ou dois. Vamos ter de regular e redefinir o termo de anti-trust law porque o mundo precisa de equilíbrio”, acrescentou. “Machine learning nas mãos erradas é tão perigoso como uma bomba de neutrões”.
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