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Schroders: Mercados emergentes são aposta e Europa continua com o problema da dívida

Quais são as melhores apostas no mercado de capitais para 2018? Colocámos a questão a Remi Olu-Pian, fund manager em multi-asset na Schroders, à margem da conferência anual da Schroders, que tem lugar em Londres.
16 Novembro 2017, 15h14

A resposta centrou-se nos mercados emergentes, com destaque para a Ásia, tanto na vertente obrigacionista como acionista. E acrescentou que há outras apostas deveras interessantes como áreas de forte valor potencial, caso do setor bancário nos EUA. Aqui, é a política fiscal sobre o setor a impulsionar o mercado e fora desta animação está a Europa que continua a debater-se com um problema de fundo: as grandes economias do “velho continente” continuam com o problema da dívida por resolver.

Em declarações ao Jornal Económico e à margem da conferência da Schroders, Remi Olu-Pian disse acreditar em apostas em equity, sobretudo em empresas que estão focadas no grande mercado interno da União Europeia. A inflação na Europa continua num nível baixo, o que é um problema para o BCE que sinalizou a manutenção da mesma politica monetária.

Aliás, o grande tema dos mercados a nível global para 2018 vai centrar-se na inflação, “boa” ou “má”. E a “má” inflação é aquela que traz volatilidade ao nível das moedas. E dentro deste tema haverá que estar atento à chave do problema: a fragilidade do dólar que até agora tem sido “fantástica” para os investidores, afirma.

A questão para 2018 e para o dólar é se haverá ou não volatilidade da moeda com a esperada reforma a nível fiscal. Para os investidores, a tática passa por esperar pela continuação do enfraquecimento do dólar que irá ajudar o mercado a nível de liquidez global.

Na intervenção que fez sobre o tema “Outlook for global markets”, esta gestora alerta para a ‘bolha’ a nível do mercado global, mas também para o sentimento dos investidores que estão entre o desespero e a necessidade de encontrar oportunidades. “Todos precisam de retorno e estão desesperados perante as alternativas existentes”. Diz sobre os gestores que estes “não são pagos para serem cautelosos”.

 

 

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