Os jovens portugueses saem de casa dos pais, em média, aos 30 anos — uma idade que contrasta aquela registada na média europeia, que se situa nos 27 anos. Os dados surgem esta quinta-feira, no boletim estatístico divulgado pelo Eurostat a propósito do dia internacional da juventude.
Portugal surge assim entre os cinco países onde os jovens saem de casa mais tarde. A liderar o ranking surge a Croácia, onde a idade média é de 32,4 anos, seguindo-lhe a Eslováquia (30,9) e Malta e Itália, ambos com 30,2 anos. Por outro lado, é na Dinamarca (21,2 anos), Luxemburgo (19,8) e Suécia (17,5) que os jovens deixam o ninho mais cedo.
O documento indica ainda que os países onde os jovens deixam o agregado familiar numa idade mais avançada são mais propensos a ter uma maior percentagem de jovens sem emprego, e com menos educação e formação.
Relativamente ao género, as mulheres são as que abandonam a casa dos pais mais cedo em comparação com os honens. Segundo o Eurostat, enquanto que os homens saem aos 27,4 anos, as mulheres saem aos 25,4 anos. Esta tendência foi observada em todos os países, sendo a única ligeira exceção na Suécia, onde as mulheres abandonaram em média 0,1 anos após os homens.
Olhando para os 27 Estados-membros, as maiores disparidades de género foram encontradas na Roménia, onde os jovens do sexo masculino saíram aos 30, e as do sexo feminino aos 25,5 anos (4,5 anos de disparidades de género), seguidas pela Bulgária (4,2 disparidades de género), com os homens a saírem aos 32, e as mulheres aos 27,8 anos. Na Croácia, tanto os homens jovens como as mulheres mudaram-se o mais tardar na UE (com 34,0 e 30,9 anos, respetivamente), representando a terceira maior diferença de género de 3,1 anos.
É na Suécia, Luxemburgo e Estónia onde a disparidade entre géneros é mais pequena, 0,1, 0,4 e 0,5, respetivamente.
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