Nos primeiros oito meses deste ano contabilizam-se já 3.290 insolvências, mais 335 que no mesmo período do ano passado (+11,3%), diz a Iberinform que reporta um total de 167 ações de insolvência só em agosto. Valor que traduz um aumento de 10,6% face ao período homólogo de 2020.
Por tipologia de ação, os primeiros dois terços do ano fecharam como um total de 686 Declarações de Insolvência Requeridas por terceiros (+16,5%); 698 Declarações de Insolvência apresentadas pelas próprias empresas (-2,9%) e 39 Planos de Insolvência aprovados (+34,5%). No período em análise, foi Declarada a Insolvência de 1.867 empresas (encerramento de processos), mais 244 que em 2020 (+15,0%), refere a Iberinform que é a filial da Crédito y Caución
Nesta análise verifica-se que o distrito do Porto lidera o ranking das insolvências em valores absolutos com um total de 821 insolvências e um aumento interanual de 12,5%. Já Lisboa ocupa a segunda posição, com 768 insolvências que traduzem um incremento face ao período homólogo de 2020 de 25,9%. Com 386 insolvências e um incremento de 12,2% face a 2020, o distrito de Braga ocupa a terceira posição deste ranking.
Em termos percentuais, os maiores aumentos registaram-se nos distritos de Vila Real que evoluiu de 16 para 32 insolvências (+100%), Guarda que passou de 19 em 2020 para 28 em 2021 (+47,4%) e Castelo Branco que subiu de 42 insolvências no ano passado para um total de 60 no final de agosto de 2021 (+42,9%). Em destaque, ainda, o distrito de Coimbra com um crescimento de 42,9% que traduz um aumento de 42 insolvências em 2020 para 102 no final de agosto deste ano. Há aumentos a registar em 14 distritos (quase 64% do total).
Há, no entanto, oito distritos que apresentam uma diminuição nas insolvências com valores que variam entre -1,7% (Vila Real) até 59,3% de redução em Bragança. Em Angra do Heroísmo e na Horta a redução atinge os 50%, enquanto em Beja a diminuição é de 31,8%. Faro (-26,9%), Évora (-23,3%) e Santarém (-12,0%) fecham o conjunto de distritos que viram reduzir as insolvências face a 2020 (36,4% do total).
Por sectores, constata-se que a Indústria Extrativa regista um aumento substancial no número de insolvências nos primeiros oito meses de 2021, evoluindo de oito para 166 (+1975,0%). O sector da Eletricidade, Gás e Água também apresenta um crescimento importante de 160% face ao período homólogo, com uma evolução de cinco para 13 insolvências. Exceto os sectores de Transportes (-9,1%) e Indústria Transformadora (-23,8%), todos os restantes sectores de atividade apresentam aumentos. De salientar, ainda, os sectores das Telecomunicações com um incremento de 75,0%, embora com valores absolutos baixos (evolui de quatro para sete insolvências), e o sector da Hotelaria e Restauração com um incremento de 59,7% que traduz uma evolução de 230 para 365 insolvências entre 2020 e 2021. Os sectores do comércio a retalho e por grosso registam aumentos nas insolvências, mas com valores mais moderados de 3,1% e 5,3%, respetivamente.
Criações de empresas constituições a crescer com um total de 27.128 novas empresas
As constituições de empresas em agosto diminuíram 13,6% face ao mesmo período de 2020, registando-se um total de 2.546 novas empresas criadas em agosto último, menos 400 que no ano passado. Mas, no acumulado deste ano, regista-se um aumento de 10,9% face a 2020, com mais 2.671 novas empresas para um total absoluto de 27.128 constituições.
O distrito de Lisboa regista o número mais significativo de constituições, com 8.353 novas empresas (+9,5%), ao qual se seguem os distritos do Porto com 4.892 novas empresas (+11,5%), Braga com 2.151 (+11,2%) e Setúbal com 1.985 (+16,1%).
Em termos percentuais, o maior acréscimo face a 2020 verifica-se na Madeira (+49,6%), seguida da Horta com um crescimento de 47,6% (de 42 constituições em 2020 para um total de 62 em 2021) e Angra do Heroísmo (+26,5%). Apenas três distritos apresentam uma variação negativa: Vila Real (-13,8%), Portalegre (-3,9%) e Coimbra (-3,4%).
Por sectores de atividade, as maiores variações positivas registam-se no Comércio a Retalho (+27,7%), seguido pela Indústria Extrativa (+22,2%) e pela Agricultura, Caça e Pesca (+17,9%). Os serviços registam um crescimento de 17,3% e a Construção e Obras Públicas cresce 16,8% no comparativo anual. Evolução com polo contrário sente-se nas áreas de: Transportes (-27,3%), Eletricidade, Gás, Água (-5,3%), Comércio de Veículos (-1,6%) e Comércio por Grosso (-1,5%). As Telecomunicações mantém-se inalteradas face a 2020, com 63 novas empresas constituídas tanto em 2020 como este ano, revela o estudo.
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