O ex-presidente georgiano foi esta sexta-feira detido à chegada ao país, depois de oito anos passados no exílio na Ucrânia e um dia antes de eleições municipais chave, para as quais pretendia mobilizar o povo do seu país.
Mikheil Saakashvili havia sido condenado in absentia em 2018, quando já vivia na Ucrânia, por abuso de poder, apesar de sempre ter refutado as acusações, classificando-as como politicamente motivadas. A sentença dada ao antigo líder da Geórgia foi de seis anos.
O ex-presidente foi preso depois de ter anunciado na sua página de Facebook que havia regressado ao país, algo que as autoridades georgianas desmentiram inicialmente. Agora, 18 horas depois do anúncio de Saakashvili, o atual primeiro-ministro do país, Irakli Garibashvili, confirmou em conferência de imprensa a detenção do antigo político, que se encontra assim numa penitenciária 25 km a sudeste da capital Tbilissi.
Saakashvili pretendia incentivar o povo georgiano ao voto nas eleições municipais de Sábado, que são vistas como um referendo ao atual governo do partido Sonho Georgiano, que tem sido acusado frequentemente por críticos internos e observadores internacionais de usar táticas antidemocráticas como a perseguição criminal de jornalistas e opositores políticos.
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