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Jornal semanário “Novo” vai ser lançado esta sexta-feira

Semanário “Novo” é lançado pela Lapanews, que terá adquirido a marca “Sol” no final de 2020, gerando polémica com o atual “Nascer do Sol”. Novo título é liderado por Octávio Lousada Oliveira e por Diogo Agostinho. Jornal assume-se de centro-direita e quer ser “hino à democracia e à liberdade”.
15 Abril 2021, 17h15

A comunicação social portuguesa tem um novo título ativo, a partir do dia 16 de abril. O semanário “Novo” é lançado esta sexta-feira, confirmando o que o Jornal Económico noticiou no início deste mês.

O novo semanário é um projeto da Lapanews, sociedade criada por Rui Teixeira Santos e João Botelho que adquiriu a marca “Sol” no final de 2020, gerando polémica com o atual “Nascer do Sol”. Inicialmente, a Lapanews pretendia que o novo semanário assumisse a marca “Sol”, mas acabou por escolher outra designação. Isto porque a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) rejeitou o registo do novo título com a marca “Sol”.

Num comunicado enviado à redação, a Lapanews refere que o novo projeto jornalístico terá uma periodicidade semanal em papel, com distribuição nacional e uma edição online, iniciando a sua publicação esta sexta-feira. Trata-se de um jornal generalista que assume uma linha editorial de centro-direita e posiciona-se como um “hino à democracia e à liberdade”. O semanário “Novo” é liderado pelo jornalista Octávio Lousada Oliveira (diretor editorial) e pelo gestor Diogo Agostinho (diretor não-executivo), que vão coordenar uma equipa de 25 jornalistas.

O jornal terá 64 páginas, divididas em quatro secções: Nação (política), Valor (economia, empresas e mercados), Global (internacional) e Vida (ambiente, cultura, desporto e tecnologia). O “Novo” terá também encartado a revista “Olá!”, com 40 páginas, um suplemento dedicado aos temas de lifestyle. Desta forma, a Lapanews recupera também um outro título da imprensa que se publicou como suplemento do extinto “Semanário”, nas décadas de 1980 e 1990.

A primeira edição do semanário “Novo” promete publicar uma sondagem sobre as eleições autárquicas em Lisboa e revelar os detalhes de uma conversa entre o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, Valdemar Alves. A equipa do novo jornal promete publicar, ainda, o relatório secreto do Banco de Portugal sobre o BES, “bem como os detalhes da decisão de Ivo Rosa sobre a Operação Marquês.

O semanário apresenta também uma lista de colunistas, que incluem os nomes do presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, Aline Beuvink (vogal na Assembleia Municipal de Lisboa pelo PPM), do dirigente do PSD Carlos Reis, do centrista Telmo Correia e do consultor político João Maria Jonet.

ERC trava uso da marca “Sol”. “Novo” surge pela mão do antigo diretor do “Semanário”
O novo semanário é um projeto da Lapanews, uma sociedade criada por Rui Teixeira Santos (consultor da Abreu Advogados e antigo acionista e diretor do extinto “Semanário”) e João Botelho (que assume a presidência do conselho de administração da Lapanews). Segundo o “Expresso”, a Lapanews conta também com Patrice de Maistre, antigo gestor da fortuna L’Oréal, como acionista. Em dezembro de 2020, Rui Teixeira dos Santos terá adquirido a marca “Sol” à Pineview Overseas, veículo offshore do antigo presidente do BES Angola, Álvaro Sobrinho, cedendo a licença da marca à Lapanews.

A operação gerou polémica porque, segundo noticiou o “Correio da Manhã”, em janeiro, a Newsplex de Mário Ramires usava a marca “Sol” desde 2015, altura em que Sobrinho já teria saído da extinta sociedade Newshold, que detinha então aquela marca e a do jornal “I”. A Newshold encerrou naquele ano e a Newsplex assumiu a marca “Sol” e “I”. A recente operação que envolveu Rui Teixeira dos Santos e a Pineview levou a que a Newsplex alterasse a designação do seu semanário para “Nascer do Sol”.

Com a marca “Sol” envolta de controvérsia e uma nova empresa de media a espoletar, a ERC fez saber, esta quarta-feira, numa deliberação a que o Jornal Económico teve acesso, que chumbou o registo da marca “Sol”, assim como da Lapanews como “empresa jornalística”.

“[A ERC] certifica que foi proferido um despacho de recusa […] quanto ao registo  de publicação periódica com o título “Sol”, a favor da Lapanews, Edições e Comunicações, SA, bem como a recusa […] do registo da sociedade Lapanews, Edições e Comunicações, SA, como empresa jornalística […]. Certifica-se ainda que, não deu entrada nenhum requerimento para registo de publicação periódica com o título “Novo Sol”, lê-se.

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