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Televisão absorve 50% do mercado publicitário em Portugal e vai crescer em 2022

A IPG Mediabrands adiantou ainda que “o mercado global publicitário é atualmente 19% maior relativamente ao período pré-covid, prevendo-se um crescimento constante em 2022 de cerca de 12%”.
8 Dezembro 2021, 13h10

A televisão absorve 50% do mercado publicitário em Portugal, tendo “uma das maiores quotas na Europa Ocidental” e deverá crescer mais 5% em 2022, de acordo com um estudo da IPG Mediabrands.

Num comunicado, a consultora referiu que “de acordo com os resultados do estudo, as previsões do mercado publicitário em Portugal para 2022 caracterizam-se por uma tendência de crescimento, com destaque para os investimentos em televisão”.

Assim, “representando mais de 50% do mercado publicitário nacional, uma das maiores quotas na Europa Ocidental, prevê-se que os investimentos em televisão continuem a crescer cerca de 5% em 2022 para alcançar níveis superiores à fase pré-covid, de 2019”, lê-se na mesma nota.

“A análise do mercado nacional aponta ainda para um crescimento de 12% no setor ‘out-of-home’ [fora de casa], atingindo aproximadamente 76% da dimensão do mercado pré-covid, com recuperação total prevista até ao final de 2025”, segundo o comunicado.

Além disso, “a IPG Mediabrands prevê ainda uma recuperação moderada da rádio com um aumento de 4%, enquanto os investimentos em imprensa irão continuar a decrescer 4%”, indicou o comunicado.

De acordo com o estudo, este ano “o digital registou uma forte aceleração em Portugal, com um aumento de cerca de 30%, alcançando cerca de 300 milhões de euros em receitas totais e uma quota de mercado de 30%, abaixo da média da Europa Ocidental, superior a 60%”.

A consultora acredita que “o crescimento deverá manter-se forte para 2022, com uma aceleração de 17%, liderado pelo vídeo (22%) e redes sociais (19%), seguidos pelo ‘search’ (17%)”, acrescentando que “prevê que no decorrer dos próximos anos os investimentos em publicidade digital registem um crescimento anual superior a 10%”.

De acordo com o estudo, “o regresso dos anunciantes dos setores de telecomunicações e FMCG (Fast Moving Consumer Goods) deverá impulsionar o crescimento do mercado publicitário em 2022”, sendo que “o setor automóvel, embora importante, mantém-se inibido devido a problemas globais com a cadeia de fornecimento”.

Citada no comunicado, Natália Júlio, diretora da Magna, unidade de ‘intelligence’ do grupo IPG Mediabrands, disse que “em 2021, o mercado publicitário nacional recuperou, acompanhando a tendência do mercado global e da evolução económica. O crescimento da publicidade em televisão assim como do digital mostram um crescimento mais rápido do que o esperado”.

Em termos globais, segundo o estudo “os investimentos globais de publicidade nos media cresceram mais de 22% em 2021, atingindo um recorde histórico de 710 mil milhões de dólares, após um declínio de 2,5% em 2020. Observou-se ainda um investimento adicional publicitário de 126 mil milhões de dólares”.

A IPG Mediabrands adiantou ainda que “o mercado global publicitário é atualmente 19% maior relativamente ao período pré-covid, prevendo-se um crescimento constante em 2022 de cerca de 12%”.

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