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Correspondente da RTP em Moscovo “forçado a sair” por perseguição do “poder russo” à comunicação social (com áudio)

O endurecimento das leis contra a comunicação social – prevendo 15 anos na prisão para quem disser a verdade sobre o conflito – levou Evgueny Mouravitch a sair da Rússia.
20 Março 2022, 22h40

O correspondente da RTP em Moscovo foi forçado a sair do país devido à perseguição do Kremlin aos jornalistas. Este certo apertou mais recentemente devido à invasão da Ucrânia.

A situação foi revelada pela jornalista da RTP Dina Aguiar que relatou a chegada do jornalista à redação da estação pública em Lisboa. “A receção espontânea a Evgueny Mouravitch na redação… que foi forçado a sair da Rússia depois de o poder russo ter fechado o cerco à comunicação social e impedido a liberdade de expressão”.

“Diria que é um dos heróis do jornalismo pelo seu rigor e pela sua coragem …e que falta que faz ao jornalismo e a esta guerra o seu ponto de vista. Substituiu o Carlos Fino em finais dos anos 80/90 e várias vezes entrou nos telejornais que apresentava na altura. Uma referência para muitos jornalistas portugueses . Um ser humano especial e um grande artista”, escreveu a jornalista.

Dina Aguiar acrescentou que, apesar da perseguição, Evgueny Mouravitch vai “voltar à Rússia para continuar a noticiar o que se passa por lá”.

Neste momento, o jornalista encontra-se em Kiev na Ucrânia a noticiar para a televisão portuguesa a invasão russa do país no terreno.

Na sequência da invasão russa da Ucrânia, e perante a indignação de muitos cidadãos russos com esta agressão, o poder aprovou novas leis para a comunicação social: quem se referir à invasão da Ucrânia como uma guerra, ou publicar informações consideradas falsas sobre o conflito e sobre as forças armadas russas, pode ser punido com uma pena de prisão até 15 anos.

Recorde-se que em 2018, o correspondente da RTP em Moscovo recebeu a condecoração de Oficial da Ordem de Mérito Civil do Presidente da República.

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