A British Airways anunciou que vai cancelar mais de mil voos adicionais este verão a partir dos aeroportos de Heathrow e Gatwick, numa altura em que várias outras companhias enfrentam constrangimentos nas operações devido à falta de profissionais, segundo o “The Guardian”.
Mais de 100 mil pessoas com viagens marcadas para destinos como Málaga, Palma e Faro, entre outros, serão afetadas
Na primavera, a companhia já tinha cancelado cerca de 10% dos seus voos até outubro.
Os problemas na sua base principal de Gatwick, em particular, levaram a que a easyJet cancelasse centenas de voos a meio prazo.
A mudança permitiu às companhias aéreas reduzir temporariamente as suas operações sem perderem o direito a valiosas faixas horárias de aterragem em aeroportos movimentados, normalmente concedidas ao abrigo de uma regra de “usar ou perder”.
“Tomámos medidas preventivas no início deste ano para reduzir o nosso horário de verão a fim de dar aos clientes a maior informação possível sobre quaisquer alterações aos seus planos de viagem”, explicou um porta-voz da British Airways.
“Como toda a indústria aeronáutica continua a enfrentar o período mais difícil da sua história, lamentavelmente tornou-se necessário fazer mais algumas reduções. Estamos em contacto com os clientes para pedir desculpa e oferecer aos mesmos uma nova reserva ou emitir um reembolso total”, explicou o mesmo responsável.
O sector europeu da aviação vai viver um autêntico caos neste verão com milhares de voos cancelados. Greves e falta de pessoal vão afetar a vida de milhares de viajantes na Europa durante os próximos meses.
A Brussels anunciou hoje que vai cancelar 700 voos durante o verão, cerca de 6% dos previstos, para reduzir a carga de trabalho e evitar greves. Com estes cancelamentos, a companhia deixa de encaixar 10,2 milhões de euros em receitas.
“Estamos a ir ao encontro das exigências dos sindicatos e esperamos que não seja necessário tomar mais medidas [durante o verão]. Para soluções de longo prazo, vamos organizar um encontro com os sindicatos a 23 de agosto”, segundo a porta-voz da companhia belga Maaike Andries, citada pela “Reuters”. Os sindicatos dos pilotos e dos tripulantes organizaram uma greve de três dias em junho devido à elevada carga de trabalho.
Em Portugal, mais de uma centena de voos foram cancelados este fim de semana e esta segunda-feira já foram cancelados outros 300 voos, segundo dados da ANA, citados pela “Lusa”.
A presidente da TAP Christine Ourmières-Widener já avisou hoje que a crise na aviação “não deverá melhorar nas próximas semanas”.
Na TAP, a empresa reduziu o corte salarial aos pilotos de 45% para 35%. Em toda a empresa, os cortes salariais de 25% passam a ser aplicados a partir dos 1.410 euros em vez de 1.330 euros, com retroativos a janeiro. Os pilotos decidiram não avançar para greve.
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