O líder social-democrata Rui Rio questionou o “otimismo” de António Costa quando à resposta que está a ser dada ao coronavírus em Portugal, no início do debate quinzenal que está a decorrer nesta quarta-feira na Assembleia da República. Ressalvando que não estava a chamar “irritantemente otimista” ao primeiro-ministro, o presidente do PSD mencionou a falta de materiais de proteção nos hospitais e a “falta de coordenação na Linha Saúde 24”, apontando como exemplo os conselhos que foram dados a quem esteve em contacto com o escritor chileno Luis Sepúlveda, hospitalizado com o Covid-19 em Espanha depois de participar no festival literário “Correntes d’Escritas”, que teve lugar na Póvoa de Varzim.
“Há realmente um plano de contingência, e se houver qual é?”, perguntou Rui Rio, dizendo que tem informações que apontam para que existam sobretudo “medidas que não estão devidamente articuladas”. O líder social-democrata disse mesmo que em vez de “dois ou três hospitais de retaguarda”, todos os hospitais “têm que estar aptos” a responder a um possível “fenómeno exponencial” em caso de haver muito mais infetados pelo coronavírus do que os atuais cinco casos confirmados.
António Costa respondeu que “nós, políticos, temos a tentação de nos sobrepormos a quem sabe com as nossas opiniões”, garantindo que continua a seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Direção-Geral de Saúde, reafirmando que existem dois milhões de máscaras em stock (mais 1,6 milhões na Cruz Vermelha) para serem “utilizadas nos casos em que forem necessárias” e que as duas mil camas para internamento de afetados pelo Covid-19 estarão distribuídos pelo conjunto do país”.
“O PSD está disponível para ajudar e não colaborará seguramente para o alarme público”, rematou Rui Rio numa segunda intervenção.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com