O grupo de media Cofina registou um resultado líquido de 7,2 milhões de euros em 2019, valor que se traduz num crescimento de 15,3% (excluindo operações descontinuadas) quando comparado com o ano de 2018, de acordo com as contas veiculadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nesta sexta-feira, 13 de março.
O EBITDA consolidado ascendeu a cerca de 16,8 milhões de euros, o que reflete um crescimento de cerca de 18,3% face ao EBITDA registado no período homólogo de 2018. A margem do EBITDA cresceu 3,3 pontos percentuais, para 19,1% em 2019.
O lucro do grupo liderado por Paulo Fernandes é suportado pelas receitas operacionais totais de 88,02 milhões de euros, um valor que representa um recuo de 1,4% face a 2018. O decréscimo do indicador reflete as receitas de circulação que diminuiram 2,5% e as de publicidade que caíram 2%.
“As receitas provenientes de produtos de marketing alternativo e outros, onde se incluem as receitas de presença do canal Correio da Manhã TV (CMTV) nas plataformas de cabo, registaram um crescimento de 2,1%”, salienta o comunicado da Cofina.
Apesar das receitas terem diminuído, o grupo que detém o “Correio da Manhã” e a CMTV conseguiu também gastar menos em 2019. Os custos operacionais registaram, em 2019, uma redução de 5,2%, para 71,3 milhões de euros, valor que compara com 75,2 milhões de euros verificados no ano anterior.
Acresce que, ainda que positivas, as contas anuais da Cofina ficam marcadas pela tentativa de o grupo adquirir a Media Captal, dona da TVI. Como? Através da dívida líquida nominal que, em 31 de dezembro de 2019, era de 44,9 milhões de euros, o que corresponde a um agravamento de 5,2 milhões face à dívida de 2018.
O aumento está relacionado com a caução de 10 milhões de euros que a Cofina teve de garantir “no contexto do contrato de compra e venda” com a Prisa para a aquisição de 100% do capital social e direitos de voto da Vertix, veículo do grupo espanhol que controla 94,69% da Media Capital. O negócio, contudo, acabou por não acontecer, porque o aumento de capital de 85 milhões de euros, que a Cofina precisava garantir para avançar com a aquisição, não foi colocado.
No comunicado das contas da dona do “Correio da Manhã”, “em termos meramente operacionais (sem considerar este efeito decorrente da referida transação), a dívida líquida nominal da Cofina seria de 34,9 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 4,8 milhões de euros face à dívida líquida nominal registada no final de 2018”.
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