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Biotecnológica Moderna dá mais um passo importante na corrida à vacina da Covid-19

A biofarmacêutica norte-americana conseguiu a designação de “fast track” à sua mRNA-1273. O estudo clínico de fase 3 deverá começar ainda este verão.
Karoly Arvai/Reuters
12 Maio 2020, 16h27

A corrida à vacina mais importante do mundo continua. A biofarmacêutica norte-americana Moderna informou esta terça-feira que a agência federal de saúde FDA – Food and Drug Administration concedeu a designação “fast track” à sua vacina experimental contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). O ‘selo’ do regulador dos Estados Unidos atesta que esse tratamento experimental – chamado mRNA-1273 – está em revisão acelerada, o que é um passo importante no processo de desenvolvimento.

A Moderna, que começou a desenvolver uma vacina 42 dias depois de a estirpe ter sido sequenciada, adianta que prevê começar um estudo de estágio avançado do produto (fase 3) no início deste verão.

A empresa com sede em Massachusetts está a tentar criar uma vacina segura e eficaz contra esta doença que já causou mais de 285 mil vítimas mortais. Na prática, com este estado de aceleração atestado pelo supervisor do medicamento, a revisão torna-se mais ágil – o que inclui mais reuniões com a FDA.

“A designação fast track ressalta a necessidade urgente de uma vacina contra o novo coronavírus. Enquanto aguardamos o conjunto completo de dados clínicos do estudo fase 1 liderado pelo NIAID, estamos a preparar-nos ativamente para os estudos clínicos de fase 2 e 3 para continuar a aprender sobre o potencial da mRNA-1273 na proteção contra o SARS-CoV-2”, explicou Tal Zaks, diretor médico da Moderna.

Porém, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) alertou recentemente que não haverá vacina ou tratamentos para a Covid-19 nos próximos meses, sendo “muito provável” que só cheguem em 2021, aconselhando a “cautela” no levantamento das medidas. “Muitos especialistas e muito dinheiro está a ser aplicado na descoberta de vacinas e de tratamentos e, apesar de haver algumas opiniões mais otimistas, isso não acontecerá tão depressa”, disse o especialista principal do ECDC para resposta e operações de emergência, Sergio Brusin, em entrevista à agência Lusa.

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