O primeiro-ministro, António Costa, revelou, durante o debate quinzenal desta quarta-feira, que se a auditoria ao Novo Banco falhar, o Fundo de Resolução pode reaver o dinheiro.
“Não tenho a menor dúvida que, se a auditoria constatar que o banco cometeu falhas de gestão que injustificavam as injeções que foram feitas, o Fundo de Resolução tem toda a legitimidade de agir no sentido da recuperar o dinheiro que desembolsou e não tinha que desembolsar”, anunciou António Costa. Em causa, estão os 850 milhões de euros injetados pelo Estado ao Novo Banco.
As declarações do primeiro-ministro foram feitas em resposta à coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que considerou que o “ministério das Finanças não cumpriu o que trouxe no Orçamento do Estado”. Citando este documento, Catarina Martins recordou que “o ministério das Finanças tinha dito que eventualmente injetaria 600 milhões de euros, mas acabou a injetar 850 milhões”.
Além do dinheiro atribuído, a coordenadora do Bloco de Esquerda também não deixou de referir que não há “garantia de auditoria pública às contas de antes de haver uma nova injeção”.
António Costa aproveitou ainda a sua intervenção para recordar que “o papel do governo não é injetar dinheiro no Novo Banco, é emprestar dinheiro ao fundo de resolução e é isso que nós fazemos”.
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