[weglot_switcher]

Wall Street fecha em queda em dia de resultados da banca

A bolsa dos EUA caiu no dia dos resultados dos bancos. O lucro do Bank of America cai mais de 50% com impacto da pandemia; e o Morgan Stanley reporta subida de 45%.
16 Julho 2020, 22h25

Wall Street fechou em baixa, com o Dow Jones a cair 0,50% para 26.734,71 pontos. O S&P 500 perdeu 0,34% para 3.215,57 pontos. O Nasdaq cedeu 0,73% para 10.473, 83 pontos. Hoje foi dia de resultados da banca. O lucro do Bank of America caiu mais de 50% com impacto da pandemia. Já o Morgan Stanley revelou uma subida de 45% nos lucros. O Morgan Stanley reportou um aumento acima do esperado no lucro trimestral, impulsionado por fortes ganhos na área de trading, com a pandemia de coronavírus provocando oscilações recordes nos mercados financeiros globais.

No plano macroeconómico foi revelado que as vendas a retalho nos EUA cresceram mais do que o esperado no mês de junho e que na semana passada terão sido solicitados 1,300 milhões pedidos de subsídio de desemprego, ligeiramente acima do esperado.

”De notar, no entanto, que tanto os pedidos de subsídios como as continuing claims continuam a demonstrar uma redução”, diz o analista do BCP Ramiro Loureiro.

No seio empresarial destaque para a reação negativa do Bank of America (-2,72%)  às contas apresentadas.

Já a Morgan Stanley reagiu positivamente (+2,51%) aos números.

De destacar ainda a desvalorização das ações do Twitter (-1,09%) depois de notas de mercado apontarem que diversas contas, incluindo as de Barack Obama, Joe Biden, Jeff Bezos e Warren Buffet, foram alvo de hackers num esquema com Bitcoins.

Também Johnson& Johnson, Abbot Laboratories, Charles Schwab e Domino’s Pizza apresentaram contas.

A época dos Resultados da banca revela que o Bank of America teve o produto bancário em queda.

O resultado ajustado do 2.ºtrimestre foi de $0,37 por ação, superando largamente os $0,25/ação estimados pelos analistas.

As receitas do 2.ºtrimestre provenientes de sales & trading de produtos de renda-fixa, câmbios e commodities excluindo DVA aumentaram 50% em termos homólogos, para $3,19 mil milhões, ultrapassando os $2,57 mil milhões.

O produto bancário contraiu 3,5% em termos homólogos, para $22,45 mil milhões (acima da estimativa de 21,96 mil milhões).

O Rácio de capital CET1 no final do período foi de 11,4%. ROE no 2.ºtrimestre foi de 5,44%. Já o ROA foi de 0,53%. Já o rácio de eficiência no 2.º trimestre subiu 13,1 pontos percentuais em termos homólogos para 60,1%.

As provisões  para o crédito malparado foram de $5,1 mil milhões, ligeiramente aquém dos $5,49 mil milhões.

No  Morgan Stanley os lucros do 2.ºtrimestre batem as estimativas. O resultado ajustado no 2.ºtrimestre foi de $2,04 por ação, largamente superior ao consenso dos analistas que apontava para os $1,14/ação.

As receitas do 2.ºtrimestre provenientes de sales & trading de produtos de renda-fixa, câmbios e commodities cresceram 23% em termos homólogos, para $2,62 mil milhões, superando os $2,27 estimados pelos analistas

O produto bancário trimestral aumentou 31% em termos homólogos, para $13,41 mil milhões, ultrapassando a estimativa mais otimista dos analistas ($11,33 mil milhões)

Já a margem financeira aumentou 55% em termos homólogos, para $1,6 mil milhões  (estimava-se $973,9 milhões). A rentabilidade  (ROE) do período foi de 15,7%.

A American Airlines vê 25 mil postos de trabalho em risco é outra notícia do dia.

Os indicadores macroeconómicos revelam que as vendas a retalho nos EUA sobem mais que o esperado em junho. As vendas, excluindo Auto, aumentaram 7,3% um registo acima do antecipado pelos analistas (+5%).

Os pedidos  de subsidio de desemprego nos EUA estão acima do previsto. Na semana passada terão sido solicitados 1,300 milhões, quando os analistas estimavam somente 1,250 milhões.

Destaque ainda para o ambiente empresarial em Philadelphia com melhor desempenho que o esperado. A Philadelphia Fed Business em junho passou de 27,5 para 24,1, quando o mercado antecipava 20.

O crude West Texas cai -1,14% para 40,73 dólares.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.