O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou esta quinta-feira, 20 de agosto, o primeiro-ministro de estar a “desistir de ajudar” a população portuguesa.
“No fundo, António Costa está a desistir de ajudar, em vez de adotar a estratégia de patriotismo económico e as medidas de apoio à economia e ao emprego que o CDS tem vindo a propor há bastante tempo”, referiu Francisco Rodrigues dos Santos, em comunicado.
Entre as medidas sugeridas pelos centristas está “o prolongamento do regime de layoff simplificado até ao final do ano, assim como a eliminação dos pagamentos por conta, linhas de crédito a fundo perdido de apoio às empresas com maiores dificuldades e ainda a criação de um mecanismo de acerto de contas”, apontou o presidente do CDS-PP.
Os comentários de Francisco Rodrigues dos Santos ocorrem depois de ter sido divulgado, pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou para 37% em julho, face a igual período de 2019.
“O Governo, em vez de garantir que as empresas não encerram e ajudar a manter empregos, mantendo aquilo que estava a funcionar bem, como layoff simplificado e que se mostrou a medida mais estruturante para salvar postos de trabalho, preferiu complicar e votar ao abandono os profissionais do sector e suas famílias. Somou burocracia e complexidade, ao mesmo tempo que dificultou o acesso aos apoios e reduziu o número de beneficiários. O resultado está à vista: o número de desempregados em Portugal disparou para os 407 mil”, destacou o líder do CDS-PP.
Francisco Rodrigues dos Santos considerou que “o primeiro-ministro está a cruzar os braços e a assumir publicamente a incapacidade do seu Governo em promover a retoma da atividade turística – cujo contributo para o PIB é superior a 16%” e recorda que “de pouco nos servirá qualquer fundo europeu se até lá não tivermos sectores vivos, sobretudo o do turismo, que é vital para a nossa economia”.
Sobre a sugestão do primeiro-ministro dos desempregados turismo serem uma opção para as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), o presidente do CDS-PP frisou que “António Costa veio ontem propor reconverter os desempregados do turismo em trabalhadores do setor social”.
“Se assim fosse, a primeira pessoa que devia procurar uma oportunidade no setor do turismo seria a ministra da Segurança Social, depois de se mostrar totalmente insensível para o exercício das atuais funções”, enalteceu Francisco Rodrigues dos Santos.
Na quarta-feira, 19 de agosto, numa cerimónia no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, António Costa defendeu que “muitos dos milhares de pessoas que neste momento estão a perder o emprego no setor do turismo são pessoas que já têm uma formação de base, que já têm uma experiência de cuidado pessoal, de relacionamento pessoal”.
“São um recurso fundamental para, com formação naturalmente, poderem ser facilmente reconvertidas para continuar a trabalhar com pessoas agora nas instituições em que estão associadas nas IPSS, nas mutualidades, nas misericórdias ou nas cooperativas”, propôs o primeiro-ministro.
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