Wall Street fecha semana no ‘verde’ à boleia da tecnologia e energia

A bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão desta sexta-feira com subidas, um dia depois de a Reserva Federal norte-americana (Fed) ter ter anunciado alteração na política monetária ao passar a permitir que a inflação fique acima de 2%.

“A chave do dia de ontem foi a intervenção de Powell, que assumiu um tom dovish, ao indicar uma posição mais flexível sobre a inflação, caso esta favoreça a recuperação do emprego. Isto pressupõe taxas de juro baixas por um longo período, em linha com as nossas previsões. Em resposta, a yield das OTs americanas aumentou”, referem os analistas do Bankinter, em research.

Os mercados ainda digerem este discurso. Aliás, os ganhos de hoje do S&P 500, motivados sobretudo pelas tecnológicas e energéticas, posicionam-no para o maior ganho desde agosto de 1984.

Entre os principais índices de Wall Street, o industrial Dow Jones subiu 0,57%, para os 28.653,87 pontos, o financeiro S&P 500 somou 0,64%, para os 3.506,94 pontos e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,60%, para os 11.695,63 pontos. Já o Russell 2000 valorizou 0,60%, para os 1.577,65 pontos.

As ações da empresa de software Workday dispararam 12,65%, para 244,04 dólares, e as da cadeia de lojas de estética Ulta Beauty ‘saltaram’ 5,79%, para 236,91 dólares, depois de terem apresentado resultados. Os títulos da Coca-Cola, uma das cotadas em destaque no Dow Jones, ignoraram o facto de a empresa pretender iniciar cerca de 4 mil rescisões amigáveis nos Estados Unidos e subiram 3,30%, para 49,82 dólares.

Em termos macroeconómicos, foram divulgados os dados sobre as despesas do consumidores nos Estados Unidos, que aumentaram 1,9% em julho – mais do que a previsão dos analistas consultados pela “Reuters”, que apontavam para um acréscimo de 1,5%. Já o rendimento pessoal dos norte-americanos aumentou 0,4% no mês passado, quando o mercado antecipava uma queda na ordem dos 0,2%.

Em relação ao preço do ‘ouro negro’, o valor do petróleo WTI, produzido no Texas, perde 0,14% para 42,98 dólares, enquanto o Brent sobe 0,59% para 45,87 dólares. Quanto ao mercado cambial, o euro valoriza 0,69% face ao dólar, para 1,1903 dólares, e a libra avança 1,16% face à moeda dos Estados Unidos, para 1,3352 dólares.