Os mercados financeiros estão novamente pessimistas face à economia. A evolução da pandemia provocou uma reação em cadeia do poder local aos governos nacionais, que voltaram a impor confinamentos.
Para além da evolução da Covid-19 e do impacto imediato das medidas, há analistas que estão preocupados com outros dois aspetos.
Em primeiro lugar, os governos parecem ter pouco controlo sobre a situação e vão improvisando, em vez de terem uma estratégia. Isto percebe-se mal, dado que já passaram oito meses desde o início da crise de saúde pública. Com os confinamentos, as autoridades parecem pretender disfarçar a sua incapacidade em prepararem a “segunda vaga”.
Por outro lado, percebe-se que terminou o “estado de graça” entre governos e populações. Se os meses de março e abril foram marcados por um esforço comum, com o objetivo de “achatar a curva”, agora já se vão observando divisões e protestos um pouco por todo o lado.
As discricionariedades na atuação dos governos ao longo dos últimos meses (com vários exemplos gritantes em Portugal), a falta de transparência, as decisões com premissas ideológicas e a falta de aproveitamento do tempo em que efetivamente se “achatou a curva” para organizar e fortalecer a capacidade de resposta, fazem com que a população esteja dividida e menos tolerante.
As pessoas cumpriram a sua parte deste ‘contrato social’, mas os governos nem por isso. Assim, oito meses depois, parecemos ter voltado à “estaca zero” e as bolsas para lá caminham.
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