Pedro Santana Lopes confirmou, na SIC Notícias, que vai presidir à Fundação Ricardo Espírito Santo, notícia avançada em primeira-mão pelo Jornal Económico.
Atualmente, a Fundação que é gerida pela Santa Casa é presidida por Edmundo Martinho (Provedor da SCML), que renuncia ao cargo, e tem como administradora executiva Conceição Amaral.
“Sim, é o que está previsto”, afirmou Santana Lopes, detalhando que o conselho de curadores da Fundação se iria reunir nesta sexta-feira para, “em princípio”, aprovar essa designação feita pela Santa Casa e a Câmara Municipal de Lisboa.
É uma instituição que Pedro Santana Lopes, ex-Provedor da Santa Casa diz conhecer bem, quer dos anos em que foi secretário de Estado da Cultura, quer do tempo em que assumiu o cargo na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A Fundação Ricardo Espírito Santo “tem passado por tempos difíceis por razões óbvias, que tem o nome de uma pessoa que já morreu há muitos anos e que fez aquele império”, disse. “Não tem nada a ver com o que aconteceu nestes anos”, disse o social-democrata.
A escolha de Santana Lopes tem como finalidade dinamizar a instituição que tem o nome do célebre banqueiro do Estado Novo. A Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, também conhecida como Museu de Artes Decorativas, precisa de um novo modelo de negócio, precisa de uma estratégia e precisa de mecenas e esse vai ser o grande desafio de Santana Lopes.
A Fundação Ricardo Espírito Santo é gerida hoje pela Santa Casa, depois de ter celebrado um protocolo com a Misericórdia, na sequência do turbilhão em que se viu envolvida com o colapso do GES. As dificuldades da instituição dedicada às artes e ofícios são recorrentes desde a queda do império Espírito Santo, em 2014. Em setembro do ano passado, a Fundação tinha deixado de pagar os salários atempadamente aos seus cerca de 130 professores e funcionários.
Santana Lopes confirmou ainda que o seu cargo na Fundação não vai ser remunerado e não será “inteiramente a full-time”, porque vai, paralelamente, exercer a sua profissão de advogado. Mas garantiu que vai procurar dedicar-se “tanto quanto a fundação precisar para ultrapassar os momentos difíceis que tem vivido e, nomeadamente, os seus trabalhadores.
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