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Novobanco defende concentração das empresas para ganharem dimensão internacional

O painel subordinado ao tema “casos de sucesso na utilização dos fundos europeus” sentou à mesa empresas, consultores e a banca. Andrés Baltar voltou a frisar a importância da sua equipa especializada em fundos europeus e a rede de parceiros de consultoria, como a Bakertilly, para apoiar as candidaturas e a execução dos projetos de investimento. Alertou ainda para a importância da análise à viabilidade dos projectos que se candidatam aos fundos europeus. 
14 Fevereiro 2023, 12h37

O sector bancário tem um papel de destaque no apoio aos projetos de investimento, nomeadamente nos projetos com fundos europeus e é esta a perspectiva que o administrador do Novobanco, com o pelouro das empresas, Andrés Baltar, defendeu no debate no Fórum Portugal 2030, que o  Jornal Económico e o banco promovem esta terça-feira, no Museu Oriente, em Lisboa. O painel subordinado ao tema “casos de sucesso na utilização dos fundos europeus” incluiu ainda César Araújo da Calvelex; João Aranha, partner da Bakertilly; e Luís Febra, CEO da SOCEM.

“A banca está a ter fundamental para a execução dos fundos europeus”, disse também o administrador do Novobanco que defendeu que 2022 foi um ano de forte execução dos fundos. Andrés Baltar defendeu o papel da banca no apoio a esta execução. Recorde-se que no quadro comunitário Portugal 2020, que agora está a terminar, foram atingidas algumas metas importantes como a taxa de compromisso de 116%, com mais de 31 mil milhões de euros de fundos aprovados, e a taxa de execução de 85%, com 23 mil milhões de euros executados.

“O Novobanco está preparado para apoiar as candidaturas ao Portugal 2030, com soluções de apoio aos projetos de investimento”, reforçou o administrador do banco que citou o apoio na fase de candidatura, o adiantamento dos incentivos aprovados com financiamentos de curto-prazo ou conta corrente, a análise financeira preliminar, o financiamento dos capitais alheios, a emissão de garantias bancárias para antecipação de incentivos e soluções de Factoring e Confirming para antecipar as vendas e/ou o pagamento a fornecedores. O banco tem feito este trabalho com o apoio dos seus consultores da Bakertilly, empresa também representada no painel.

“Temos uma equipa especializada em fundos europeus e uma rede de parceiros de consultoria, como a Bakertilly, para apoiar as candidaturas e a execução dos projetos de investimento”, disse o administrador do Novobanco que reforçou a importância da análise à viabilidade dos projectos que se candidatam aos fundos europeus.

O business plan dos projectos é feito pelas empresas que se querem candidatar aos fundos europeus com o apoio dos bancos.

No painel criticaram-se as políticas do Governo de investimento na economia real, nomeadamente a falta de um Ministério da Indústria e a falta de apoio à natalidade, alertando que os projetos têm de ser viáveis sem as pessoas por causa do envelhecimento da sociedade portuguesa.

O gestor do Novobanco contrapôs defendendo que os recursos humanos continuam a ser fundamentais para a transição digital. “Reter e atrair talento” continua a ser fundamental, disse Andrés Baltar.

“Os custos de contexto em Portugal são altíssimos”, foi apontado no debate.

Andrés Baltar defendeu ainda a concentração de empresas, porque “precisamos de empresas maiores para irem para fora  e serem críticas no mercado da exportação”. A banca pode apoiar esses processos de concentração para além dos tradicionais apoios que dá à exportação ao nível do trade finance. Portugal é um país exportador, foi referido no painel.

Antes tinha sido dito no mesmo painel que Portugal só tem 1.300 empresas grandes.  A este propósito discutiu-se também a mudança do conceito de pequenas e médias empresas, no que toca a indicadores.

“O Novobanco tem procurado desempenhar, já desde o Portugal 2020, uma posição de Parceria e de Proximidade com as Empresas que querem investir, facilitando e apoiando todas as fases dos projetos: análise preliminar dos projetos antes da candidatura, apoio na candidatura através de uma rede de parceiros de consultoria especializados em fundos europeus, financiamento de curto-prazo no arranque do investimento e financiamento de médio-longo prazo, apoiando a execução e o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos nos planos de negócio”, defende Andrés Baltar.

Em resumo, os bancos disponibilizam o expertise e as soluções de financiamento para apoiar o investimento das empresas suas clientes, garantindo um acompanhamento próximo, desde a fase de candidatura aos fundos europeus até à fase de execução.

Os programas de apoio com fundos europeus são um dos principais drivers de crescimento do país, potenciando mais investimento, mais inovação, mais digitalização e mais sustentabilidade, que se irão traduzir num aumento de produtividade e de competitividade do tecido empresarial, defende o Novobanco.

Ao longo da próxima década, Portugal terá disponível um montante de apoios europeus superior a 40 mil milhões de euros – 23 mil milhões de euros do Portugal 2030 e 18 mil milhões de euros do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, a que acrescem outros financiamentos europeus, nomeadamente no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e de instrumentos de gestão centralizada a nível europeu, como o Mecanismo Interligar a Europa ou o Horizonte Europa.

Os fundos europeus, nomeadamente o PRR e o Portugal 2030, são considerados um pilar fundamental no estímulo ao investimento das empresas.

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