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É preciso redefinir o conceito de PME para as empresas competirem lá fora, diz CEO da Calvelex

César Araújo, CEO da Calvelex, considera que “devemos estar focados no desenvolvimento económico do sector privado”, defendendo uma redefinição do conceito de pequenas e médias empresas (PME) de maneira a que o país ganhe dimensão lá fora.
14 Fevereiro 2023, 12h36

César Araújo, CEO da Calvelex, considera que é necessário apostar no sector privado e fazer com que as empresas consigam competir a nível global. Isto passa por uma refinação do conceito de pequenas e médias empresas (PME), de forma a que Portugal ganhe dimensão lá fora.

“Devemos estar focados no desenvolvimento económico do sector privado”, afirmou César Araújo no Fórum Portugal 2030, promovido esta terça-feira pelo Jornal Económico e pelo Novobanco no Museu Oriente, em Lisboa, considerando que o “sector público é pouco dinâmico e pouco proativo”.

Nesse sentido, defendeu, “há que apostar no sector privado, nas empresas e fazer com que elas consigam competir a nível global”. Hoje, “somos um país moderno, inovador, temos das indústrias mais sofisticadas a nível global. Agora precisamos de dar o salto”, salientou César Araújo.

Para isso, é preciso “apostar em empresas locomotivas”, frisou, notando que os fundos de coesão são focados nas micro e PME. “Temos uma economia muito fragmentada e fragilizada”, disse o CEO da Calvelex, acrescentando que “se Portugal tem de competir a nível global com países com economias maiores – muitas dessas subsidiadas pelos governos -, tem de pensar diferente”.

Nesse sentido, considera que é preciso que haja uma redefinição do que é uma PME. “Todas as empresas que têm mais de 250 trabalhadores são consideradas grandes. Grandes empresas em Portugal são micro em termos europeus”, disse.

Sobre a escassez de mão de obra, César Araújo afirmou que esta “é uma situação que se coloca há 20 anos, mas nenhum governo português teve a coragem de inverter isto”, com as empresas do sector têxtil a encontrarem outras soluções, nomeadamente a robotização dos processos.

Para o responsável, “estamos a criar o maior lar de terceira idade da Europa” e “quanto mais cedo tivermos uma política de natalidade, mais cedo atingimos o objetivo”. Além disso, “não estou a ver coragem para termos uma política de imigração”, rematou.

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