A deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua reagiu esta terça-feira ao anúncio de Catarina Martins de que não se recandidatará à liderança do partido, elogiando o trabalho levado a cabo pela coordenadora nos últimos dez anos. “A Catarina chega ao fim de uma década à frente do Bloco mantendo o apoio de um partido unido”, assinalou a deputada no Twitter, notando que a líder bloquista “sai porque quer, porque acha que é o melhor para o Bloco”.
A Catarina chega ao fim de uma década à frente do Bloco mantendo o apoio de um partido unido. Sai porque quer, porque acha que é o melhor para o Bloco. Temos tanto a agradecer-lhe que a única certeza boa é que continuaremos a contar com ela. Obrigada @catarina_mart pic.twitter.com/V0qCz7UhS3
— Joana Mortágua 🏳️🌈🏳️⚧️ (@JoanaMortagua) February 14, 2023
“Temos tanto a agradecer-lhe que a única certeza boa é que continuaremos a contar com ela. Obrigada”, escreveu ainda a deputada eleita por Setúbal, que integra a comissão política do Bloco, um dos nomes que poderá vir a suceder a Catarina Martins na liderança.
A coordenadora do Bloco de Esquerda justificou a decisão de não se recandidatar com o fim de um ciclo político no país, depois de dez anos “extraordinários” em que o partido conseguiu pôr a “direita fora do governo” e levar o primeiro-ministro a “assinar um acordo escrito sobre políticas de governação”.
Nessa altura, disse, “o país respirou de alívio e iniciámos a recuperação da vida de quem trabalha”. “A geringonça foi o princípio do respeito”, vincou, defendendo que a maioria absoluta entretanto conquistada por António Costa “veio provar que o PS nunca se conformou com este caminho.”
Catarina Martins explicou que o principal motivo para deixar a liderança do partido “foi pensar que é agora que o Bloco deve começar a preparação da mudança política que já aí está”. “Neste tempo novo estarão os velhos fantasmas, os ódios racistas que são o retrato de uma política mesquinha, e vão estar os poderes de sempre e a certeza de que é preciso virar à esquerda”, declarou, argumentando que o partido “deve juntar a sua máxima capacidade de transformação.” “Acredito que a renovação que desejo promover vai multiplicar a energia do Bloco”, sustentou ainda.
O Bloco de Esquerda marcou a convenção nacional – o primeiro conclave desde a pesada derrota nas eleições legislativas – para os dias 27 e 28 de maio. A entrega das moções de estratégia está marcada para 27 deste mês.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com