O anúncio foi feito hoje através de um comunicado assinado pela Infraestruturas de Portugal (IP), CP – Comboios de Portugal e Metropolitano de Lisboa.

Em resposta escrita à Lusa, a ANA Aeroportos de Portugal disse ter sido surpreendida com esta decisão, porque “se baseia no relatório intercalar da Comissão Técnica Independente (CTI), que foi objeto de fortes críticas durante a consulta pública”.

Do total dos cinco consórcios interessados em construir o primeiro troço do TGV, quatro têm empresas espanholas. Sem material circulante presente no contrato, a espanhola Renfe também poderá querer entrar em Portugal, de forma a combater a CP.

Segundo Carlos Brazão, porta-voz do consórcio promotor do projeto Magellan 500, para um aeroporto em Santarém, a alteração ao Plano Ferroviário Nacional (PFN) prevê um prolongamento de 38 quilómetros (km) entre o Carregado e o Campo de Tiro de Alcochete e um investimento de mais de 1.500 milhões de euros para fazer aquela ligação.

Mas quem suportará os custos deste novo projeto?  Segundo Thomas Kattnig, relator do parecer, é importante “encontrar um novo e melhor equilíbrio entre as entidades públicas e privadas no mercado da eletricidade, afirmando que o investimento necessário deve provir de uma combinação entre os sectores público e privado”.

Frederico Francisco considera que o transporte ferroviário está no topo da pirâmide como o meio de transporte mais eficiente e defende que muitas das linhas que desapareceram nos anos 80 e 90, hoje em dia não faria sentido de existirem, dado que não teriam nenhuma função relevante.