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A investigação Mueller que não chegou a conclusões e a defesa de Barr. O resumo das ações contra Trump

O relatório de Robert Mueller foi divulgado na quinta-feira, mas mais de 40% do seu conteúdo foi rasurado pelo Governo do presidente norte-americano.
20 Abril 2019, 12h46

O muito falado relatório Mueller tinha como objetivo provar se o presidente Donald Trump conspirou com a Rússia em diversos momentos. Divulgado esta quinta-feira, 18 de abril, Robert Mueller, ex-presidente do FBI, não chegou a nenhuma conclusão.  O relatório demorou 22 meses até ser apresentado ao público mas o documento surgiu rasurado, deixando os Democratas apreensivos.

O procurador-especial Robert Mueller examinou dez ações do presidente norte-americano para determinar se este tentou obstruir a justiça. Apesar de ter encontrado indícios de um esforço conjunto com a Rússia para interferir na eleição de 2016, não conseguiu estabelecer conspiração criminosa com Trump, revelou o ‘New York Times’.

Mueller examinou cerca de dez ações do presidente Trump para determinar se ele tentou obstruir a justiça, mas não conseguiu chegar a uma conclusão. Ele encontrou um esforço conjunto da Rússia para interferir na eleição de 2016, mas não estabeleceu qualquer conspiração criminosa entre a campanha de Trump e a Rússia. Ainda assim, Mueller diz que “embora este relatório não conclua que o presidente cometeu um crime, também não o exonera”.

Entre as análises, o conselho responsável pelo relatório também examinou a decisão de Trump ter demitido o diretor do FBI, James B. Comey, em maio de 2017. Outro facto analisado pelo relatório foi o do presidente norte-americano ter demitido Donald F. McGahan II, após este negar despedir Mueller. Também examinada foi a reunião de Trump com os russos, durante a eleição, na Torre Trump, onde Jared Kushner marcou presença.

O relatório afirma que o presidente Trump não chegou a cometer um crime devido à recusa de vários membros da sua Administração em executar as suas ordens, como foi o exemplo de McGahan e de Jeff Sessions, a quem chegou a dizer “como é que deixaste isto acontecer? É o fim da minha presidência”.

O jornal norte-americano chegou a apontar que William Barr, imagem máxima do departamento da justiça dos EUA, na conferência de imprensa, parecia “um advogado de defesa, uma vez que não fazia críticas ao presidente, e oferecia uma interpretação compreensiva das ações”.

Quando abordou a obstrução de justiça, Barr disse que o presidente não tinha intenção corrupta e que as ações vistas como estar a impedir a investigação eram frutos da “frustração e irritação de crença de que a investigação de Mueller estava a corromper a sua presidência”, afirma o ‘New York Times’.

 

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