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“A Ordem precisa de uma nova voz”: José Costa Pinto apresenta candidatura à OA

No Salão Nobre da OA, no Largo de São Domingos, o antigo presidente da Associação Nacional de Jovens Advogados lamentou os “sinais de divisão” entre a classe e a perda de credibilidade da profissão.
© Cristina Bernardo
12 Fevereiro 2025, 19h47

Dar uma “nova voz” à Ordem dos Advogados (OA) e “unir o que foi dividido” estão entre as prioridades de José Costa Pinto, que apresentou esta tarde a sua candidatura a bastonário da Ordem dos Advogados (OA).

No Salão Nobre da OA, no Largo de São Domingos, o antigo presidente da Associação Nacional de Jovens Advogados lamentou os “sinais de divisão” entre a classe e a perda de credibilidade da profissão.

“Não é possível ficar indiferente ao distanciamento que hoje existe, nesta casa, entre os seus propósitos e valores fundacionais e aquilo que é a sua atuação e o seu prestígio. Não é possível ficar indiferente à divisão que existe hoje entre os advogados e esta casa, e entre os advogados entre si”, afirmou o advogado.

Insistindo na falta de “representação” da classe na OA, José Costa Pinto entende ser urgente “unir o que foi dividido” e recuperar “a credibilidade perdida”, sem deixar “nenhum advogado para trás”.

A exercer advocacia há quase 18 anos, o candidato a bastonário assinalou que o exercício da profissão “é muito distinto nos diferentes contextos em Portugal”. “Sei que ser representante comum de todos eles é um grande desafio. Ser o advogado dos advogados, que foi o que me ensinaram que um bastonário deve ser, é um desafio extremamente ambicioso nos dias de hoje”, continuou o sócio fundador da Costa Pinto Advogados.

“Quero ser o bastonário de todos os advogados, o advogado dos advogados, independentemente do contexto de onde trabalham, e vou sempre lutar contra esta divisão que permanentemente nos impõem: dos da cidade contra os do interior; dos estagiários contra os mais velhos; daqueles que fazem as defesas oficiosas dos que não fazem”, afirmou.

Na presença de alguns antigos bastonários, José Costa Pinto reiterou, no Salão Nobre: “O legado desta casa tem de ser respeitado e trazido para os dias de hoje”, continuou, defendendo a necessidade de “quebrar as agendas próprias” e “estabelecer pontes”.

José Costa Pinto anunciou a sua candidatura à OA em dezembro, sob o lema “Uma nova voz”, tendo Paulo Saragoça da Matta como mandatário nacional.

Consultando a longa lista de propostas da sua candidatura, o advogado de 42 anos pretende, entre outras ações, avançar com a renovação das remunerações dos titulares dos órgãos da Ordem dos Advogados, excetuando os casos obrigatórios por lei, a organização de um “Congresso da Justiça” que junte, sob o mesmo propósito reformista, todos os membros da família judiciária no qual a OA tenha um papel central, a instituição do hábito de convidar todos os Presidentes dos órgãos nacionais e regionais da Ordem dos Advogados para assistirem às reuniões do Conselho Geral, a descentralização da vida institucional da OA, com realização de Assembleias-Gerais em formato híbrido, o reforço dos meios dos órgãos jurisdicionais da OA e dotá-los com os recursos técnicos e humanos indispensáveis, a digitalização integral dos processos, entre outros.

 

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