A quarta revolução industrial

O mundo atravessa uma mudança significativa no plano económico, motivada pela introdução das novas tecnologias nas indústrias, originando novas formas de suprir as necessidades dos consumidores, através de plataformas digitais globais de pesquisa, desenvolvimento, marketing, distribuição e de vendas. Por seu lado, os consumidores estão a convergir no mesmo sentido, edificando os seus comportamentos sobre estas plataformas de redes móveis e de dados.

Este paradigma, disruptivo, força as empresas tradicionais a repensarem as suas estratégias de conceção e comercialização dos produtos e/ou serviços, sob pena de serem ultrapassados pela agilidade, qualidade e preço dos novos operadores concorrentes.

Assim, estamos perante uma verdadeira revolução que os investigadores denominam de quarta revolução industrial. O termo revolução deriva da palavra latina revolutione, o que, em abstrato, significa causa de mudança profunda, originando uma nova ordem instituída pelas forças dominantes, em desfavor dos vencidos.

Com efeito, de acordo com dados do McKinsey Global Institute a aceleração económica que vivemos é dez vezes mais rápida que a revolução industrial e representa 300 vezes a escala da mesma. Neste quadro, o tempo necessário para atingir 50 milhões de usuários é muito curto, podendo demorar apenas alguns meses.

Não obstante esta realidade, há, ainda, diversas empresas e organizações a viver e tomar decisões baseadas no histórico e na intuição, mas a grande questão que se coloca presentemente é:

E se essa intuição estiver errada?

Por exemplo, apesar de, eventualmente influenciados pelas notícias, associarmos os programas de expansão espacial apenas aos Estados Unidos e à Rússia, quando muito à China, sabia que o país no mundo com o programa espacial mais ágil e promissor é a Índia? Continuando a quebrar mitos, sabia que os motores da economia mundial atualmente são: Foshan (China), Kumasi (Ghana), Surat (Índia)? E que estas cidades são praticamente desconhecidas no mundo ocidental e que a maior parte dos executivos do ocidente nunca ouviram falar.

Refaça a sua intuição!