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AHRESP quer descentralizar taxa turística: “Câmaras têm de ter o poder de decidir”

Carlos Moura, presidente da AHRESP, diz que não pode existir uma diversidade de circunstâncias, em que autarquias pagam um euro ou quatro e umas têm três ou sete noites. “Gostaríamos que isto fosse disciplinado e organizado”, afirma.
11 Outubro 2024, 13h42

O presidente da Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) quer ver a taxa turística descentralizada e que todo o processo seja feito de forma disciplinada e organizada, tendo o setor privado uma voz ativa nessa regulamentação.

“Não metemos a cabeça na areia, mas não podemos assistir a uma diversidade de circunstâncias em que há câmaras que pagam um euro, dois euros, três ou quatro euros, e onde umas têm três noites, outras têm quatro, cinco ou sete noites”, referiu Carlos Moura na abertura do congresso da AHRESP, que decorre na cidade de Aveiro, nos dias 11 e 12 de outubro.

O responsável da entidade realça que os períodos são diferentes e como tal, “gostaríamos que isto fosse disciplinado e organizado”, defendendo a presença do setor privado no processo, dado que são cooperadores do Estado, neste caso das autarquias de acompanhar onde se consome a receita turística.

“Não estamos a ignorar o que se passa no mundo. Queremos é ter uma voz ativa, participando, regulando, disciplinando, acompanhando e investindo no bem da comunidade local e dos residentes parte das verbas que arrecadamos”, salienta.
Quem também discursou na abertura do congresso, foi Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, relembrando que no seu primeiro ano de mandato, em 2014 acabou com a taxa turística.
“Somos contra por uma questão de filosofia fiscal. Claro que cada município é autónomo e faz o que bem entender”, referiu, dando o exemplo do que acontece em Berlim, que classifica como a única cidade civilizada no mundo das taxas turísticas.
“Em Berlim perguntam-nos se vimos em trabalho ou turismo e acreditam em nós quando dizemos que vimos trabalhar e não pagamos taxa turística”, sublinhou Ribau Esteves.
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