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Air Europa precisa de 200 milhões até julho para evitar falência

A Air Europa tem atualmente um saldo negativo de 600 milhões de euros e precisa de uma injeção de 200 milhões de euros antes de 1 de julho para evitar a falência, segundo o “elEconomista”. 
31 Janeiro 2022, 16h29

A Air Europa tem atualmente um saldo negativo de 600 milhões de euros e precisa de uma injeção de 200 milhões de euros antes de 1 de julho para evitar a falência, segundo o “elEconomista”.

O presidente do grupo Globalia, Juan José Hidalgo, revelou que não existe nenhum processo de negociação em curso e que a companhia não tem necessidade de dar à Iberia uma participação no seu capital social.

Contudo, a Iberia assegurou que as negociações ainda estão em curso e serão precisos mais “mais alguns dias” para uma decisão.

No final do ano passado, a Air Europa e a IAG estipularam até ao final de janeiro o prazo para chegarem a um acordo que resolvesse a viabilidade da companhia aérea.

Recorde-se que, em outubro de 2021, o governo espanhol aprovou um resgate de 475 milhões de euros da SEPI (Sociedad Estatal de Participaciones Industriales), para além dos 140 milhões de euros em empréstimos garantidos pelo ICO.

Apesar de o grupo não ter de reembolsar o dinheiro até 2024, terá de ver a situação resolvida antes de 1 de julho, data em que expira a moratória sobre as empresas com capital próprio negativo.

Esta segunda-feira, a ministra dos Assuntos Económicos e da Transformação Digital, Nadia Calviño, reforçou que o governo quer “fazer parte” da viabilidade futura da Air Europa “contribuindo para o seu futuro, para a solvência, prosperidade e crescimento desta empresa nos próximos anos”, considerando o carácter estratégico da companhia aérea para o país.

“Desde o primeiro momento o governo tem sido parte da solução e parte da viabilidade futura da empresa e estamos a analisar as diferentes opções disponíveis neste momento”, disse a governante.

Azza Chammem, analista da Scope Ratings, explica que a Air Europa está numa situação débil dados “os preços elevados dos combustíveis e os baixos níveis de tráfego aéreo, num contexto em que as restrições relacionadas com a pandemia permanecem em vigor, continuam a pressionar as finanças das companhias aéreas, especialmente as pequenas e médias companhias aéreas na Europa, onde a concorrência continua a ser feroz”.

De acordo com a especialista, o apoio governamental será fundamental porque “as companhias aéreas sem balanços sólidos enfrentarão dificuldades este ano”, sublinhando que “o apoio de emergência dos governos ao setor evitou um abalo drástico em 2020 e 2021”.

Em outubro, o “elEconomista” noticiou que o  governo espanhol tinha criado um lobby junto dos organismos europeus para tentar que o negócio da compra da Air Europa pela Iberia se concretizasse.

De acordo com a mesma publicação, várias grandes companhias aéreas de bandeira europeia, como a Air France-KLM e Lufthansa, tentaram que o negócio não se concretizasse alegando preocupações quanto a eventuais consequências da operação para a concorrência e os consumidores.

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