Tiro de partida para os candidatos à privatização da TAP. O grupo Air France/KLM iniciou as “hostilidades” esta sexta-feira, no âmbito da apresentação dos resultados do grupo, com uma forte declaração de interesse à entrada no capital da companhia aérea.
Benjamin Smith, presidente executivo da Air France/KLM, avançou que existe interesse na privatização da TAP, apesar de reconhecer que existe um desconhecimento em relação às condições de venda. No entanto, o grupo já colocou assessores no terreno de forma a conhecer essas condições e avançar com uma proposta.
Governo embarca na privatização da TAP sem travões políticos
Apesar de um desconhecimento em relação às condições, o CEO do grupo não tem dúvidas que a Air France/KLM é a holding mais credível para entrar no capital da TAP, ao mesmo tempo que salienta a relevância estratégica da companhia assim como os compromissos tanto com a companhia como com o Estado português.
No início desta semana, em entrevista ao “Público”, Fernando Medina recusou a ideia de que a privatização da TAP terá que passar por um processo rápido e coloca como fatores a dimensão “do que está em causa” mas acima de tudo a “importância estratégica”.
“A nossa expectativa é que aconteça no mês de setembro (…). Dá-se depois a contratação dos consultores (…) e segue-se um passo mais à frente que é a aprovação por resolução do conselho de ministros do próprio caderno de encargos”, realça o ministro das Finanças.
Relativamente aos pontos fortes deste processo, Medina destaca o posicionamento “único do ponto de vista geográfico (…) um grande elemento de ligação da Europa com a América do Norte, com a América do Sul, com África”. Considera o ministro das Finanças que nada disso “ficou minimamente beliscado” com as polémicas em torno da TAP.
“Não há nenhuma outra companhia que consiga fazer de forma tão competitiva, com os bons instrumentos de investimento, de financiamento, de direção acionista, que consiga fazer aquilo que a TAP pode fazer, que está a fazer e que pode fazer. Não haja nenhuma ilusão. Os resultados que nós falamos relativamente ao crescimento do PIB português não seriam os mesmos se não tivéssemos a TAP”, destaca Medina.
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