Airbnb apela às autoridades de Lisboa para travarem a especulação imobiliária

A Airbnb faz um apelo às autoridades lisboetas para que combatam a especulação imobiliária que se tem sentido na capital portuguesa. Para tal, a Airbnb pede à Câmara de Lisboa que adote uma regulação equilibrada e alerta para os riscos de políticas desproporcionais que penalizam famílias lisboetas e favorecem a especulação hoteleira.

Em comunicado, a plataforma refere que “defende regras justas que preservem os benefícios do AL para os residentes e contribuam para um turismo mais sustentável”.

O apelo da plataforma ocorre em resposta à consulta pública no âmbito do projeto de alteração ao Regulamento Municipal de Alojamento Local.

A proposta da autarquia proíbe novas licenças de AL em toda a cidade, o que afeta famílias que usam esta fonte de rendimento para equilibrar o orçamento. Segundo a plataforma, Lisboa é a terceira capital “europeia com maior expansão hoteleira prevista”, não sendo “eficaz limitar o AL para combater o excesso de turismo enquanto se continuam a aprovar novas licenças hoteleiras”.

Este tipo de alojamento na Airbnb representa apenas 2% do total do parque habitacional de Lisboa.

Em comunicado, a plataforma refere que “apresentou propostas à Câmara, incluindo regulação diferenciada entre anfitriões ocasionais e profissionais, zonas de contenção justas e proporcionais à escala de freguesia, moratória à construção de novos hotéis e reinvestimento da Taxa Turística nas comunidades locais”.

Jaime Rodríguez de Santiago, diretor geral da Airbnb Marketing Services, afirma que “é do interesse de Lisboa permitir que famílias locais e pequenos negócios mantenham uma fonte de rendimento tão necessária. Milhares de famílias de todo o mundo conseguem viajar até Lisboa graças ao AL, que oferece exatamente o tipo de alojamento que procuram”.

“Estamos comprometidos em trabalhar com Lisboa para garantir uma legislação atualizada que promova o bem-estar económico dos anfitriões, a preservação das comunidades locais e um modelo de turismo sustentável que beneficie todas as partes envolvidas”, refere o diretor geral da plataforma.