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“Alguém pode(ria) ter feito bom dinheiro”. Ex-líder da IL reage à compra de ações dos CTT por ordem do Governo

Carlos Guimarães Pinto, antigo presidente da Iniciativa Liberal, reagiu esta tarde à notícia exclusiva do JE com a publicação de uma tabela que explica a forma como se comportaram as ações dos CTT entre 2020 e 2021, período em que o Governo deu ordem à Parpública para adquirir ações.
2 Janeiro 2024, 17h45

O antigo presidente da Iniciativa Liberal (IL), Carlos Guimarães Pinto, reagiu esta terça-feira à notícia avançada pelo JE na primeira edição do ano, sobre o facto da Parpública ter adquirido ações dos CTT entre 2020 e 2021 por ordem do Governo, avançando com um gráfico sobre a forma como evoluiu a valorização das ações dos CTT nesse período.

“Muito interessante a evolução dos preços das ações dos CTT no período das compras secretas por parte estado português. Alguém mais bem informado sobre a entrada de um grande comprador, com potencial de fazer subir o preço, pode(ria) ter feito bom dinheiro”, realçou Carlos Guimarães Pinto.

O JE apurou que a Parpública adquiriu ações dos CTT, entre 2020 e 2021, por ordem do Governo, mantendo atualmente uma participação não-qualificada no capital da empresa que gere o serviço universal de correios, que nunca foi divulgada, apurou o Jornal Económico.

A compra das ações dos CTT teve lugar numa altura em que o governo liderado por António Costa procurava assegurar o apoio do Bloco de Esquerda para aprovar o Orçamento do Estado para 2021, o último da “geringonça”.
Esta terça-feira, Rui Rocha, presidente da IL, enfatizou o facto de Pedro Nuno Santos ter sido “durante vários anos o elemento de ligação entre o Governo e os partidos que integraram a geringonça, solução política de que é entusiasta e que admite reeditar” e nesse sentido, o presidente da IL questiona que papel teve o agora secretário-geral do PS nesta operação e se considera essa operação “transparente e minimamente vantajosa para os portugueses”.
Num outro plano, o presidente da IL quer saber “que outras decisões similares foram tomadas por pressão do Bloco de Esquerda ou do PCP, com prejuízo directo para os interesses dos contribuintes e como estratégia de manutenção do PS no poder? E que novas cedências estará Pedro Nuno Santos disposto a fazer para agradar a esquerda radical na sua estratégia de conquista do poder custe o que custar?”
A IL considera ainda que “as decisões políticas do país não podem ficar nas mãos de extremistas e radicais nem dependentes nem sujeitas às compras de votos para aprovações de sucessivos Orçamentos do Estado. É urgente que Pedro Nuno Santos venha explicar aos portugueses todas estas questões. O dinheiro dos contribuintes não pode servir para que os governos socialistas brinquem aos aviões, aos aeroportos, aos comboios ou aos correios”, conclui.
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