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Aliança Democrática: “Existia grande pressão para que coligação se fizesse”, diz especialista

“Eu acho que a pressão que existia para que a coligação se fizesse era muito grande. O caso mais recente foi Carlos Moedas no jantar de Natal do CDS”, sublinha José Palmeira.
22 Dezembro 2023, 14h45

O PSD e CDS anunciaram, na quinta-feira, uma coligação: a Aliança Democrática. O politólogo José Palmeira não vê com grande surpresa esta junção e refere que existia muita pressão para que acontecesse.

“Eu acho que a pressão que existia para que a coligação se fizesse era muito grande. O caso mais recente foi Carlos Moedas no jantar de Natal do CDS”, sublinha o especialista.

De recordar que, no dia 17 de dezembro, Carlos Moedas defendeu uma coligação pré-eleitoral entre os dois partidos. “Desde o início defendi uma coligação entre o PSD e o CDS. Primeiro, pela história que temos em conjunto como partido, pelo que fizemos no país, aquilo que construímos. É muito importante essa aliança. Defendo e sempre defendi uma aliança pré-eleitoral entre o PSD e o CDS. Assim fiz em Lisboa”, frisou.

Além da pressão a que estavam sujeitos o PSD e o CDS, José Palmeira recorda que “o PSD não estava a descolar nas sondagens e portanto a vantagem da coligação é não desperdiçar os votos que iam para o CDS e que corriam o risco de não eleger deputados”. “Como tal, a solução mais lógica seria a coligação” que, nas palavras do próprio, “ainda por cima tem a vantagem de criar uma dinâmica nova”.

“O Partido Socialista tem um novo líder, cria sempre uma expectativa e no lado mais à direita do PS a coligação vem dar o aspeto de novidade e isso em política pode ser vantajoso”, sublinha o especialista.

Quanto a quem mais vai beneficiar com a coligação, José Palmeira garante que “beneficiam os dois partidos”.

“Beneficia o CDS porque garante desde logo um grupo parlamentar com pelo menos dois deputados. O CDS fica como que ligado à máquina. O PSD é uma máquina eleitoral, e a dúvida que existe é se o CDS sobrevive se for desligado da máquina, mas como também nas eleições para o Parlamento Europeu vão juntos esse teste não será nos próximos tempos”.

No entanto, “ganha também o PSD porque há sempre a vantagem das coligações e, por outro lado, o CDS é um partido com bons quadros”.

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