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Alojamentos Locais deixam de albergar turistas e são hoje camaratas com migrantes

São 13 os homens que dividem o T3+1 que o “Jornal de Notícias” visitou. Cada um paga uma renda de 290 euros mas não gostam de lá viver. A única solução, que muitos não querem voltar a enfrentar, é viver em tendas na rua.
Cristina Bernardo
7 Setembro 2023, 08h07

As licenças ainda estão ativas mas quem lá vive não são turistas quem hoje vivem nos Alojamentos Locais. O “Jornal de Notícias” descobriu um alojamento onde residem 13 homens imigrantes, entre 21 e 52 anos, a dividir contas no Porto. O mesmo acontece em Gaia e Gondomar.

Cada um paga 290 euros para dormir num beliche numa casa T3+1. Os homens são de diferentes nacionalidades, com o diário a encontrar colombianos, argelinos, marroquinos, turcos e brasileiros.

Apesar de não terem queixas do senhorio, com exceção das duas câmaras de vigilância na cozinha e sala, admitem que não gostam de lá viver mas que esta é a única opção para viver, uma vez que uns já experimentaram a rua durante umas semanas.

Numa visita do proprietário, depois de se aperceber do movimento na casa, diz que a casa está arrendada por dez anos e que quando arrendou a casa já existia licença de Alojamento Local. O senhorio diz que tem de pagar água, luz, gás e Internet e que o que cobra não é caro, assegurando ao “JN” que faz o mesmo em outros apartamentos.

O imigrante mais velho conta à publicação que foi o primeiro a chegar, há um ano e dois meses e que a sua renda era de 180 euros pelo quarto de uso único. Hoje paga os 290 euros e tem de partilhar o quarto com três colegas de casa.

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