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Altri vai colocar pelo menos 25% da GreenVolt na Bolsa de Lisboa para levantar 150 milhões

A Altri diz que o free float mínimo será de 25% após uma coloção de ações destinadas a investidores institucionais, numa operação que também envolve um aumento de capital de 56 milhões de euros aumento como parte da aquisição da V-Ridium1. “O IPO da GreenVolt tornará visível o seu valor, a ser partilhado com os investidores do mercado”, disse o CEO da Greenvolt, João Manso Neto.
24 Junho 2021, 07h49

A GreenVolt, subsidiária da Altri para as energias renováveis, anunciou esta quinta-feira que vai avançar com a intenção de realizar uma Oferta Pública Inicial (IPO) dedicada a investidores institucionais com o objetivo de angariar cerca de 150 milhões de euros, com um montante adicional de 56 milhões de euros reservado num aumento de capital que faz parte da aquisição da polaca V-Ridium1.

A empresa adiantou, em comunicado, que já pediu a admissão da ações ordinárias para negociação na Euronext Lisbon, numa oferta de novas ações ordinárias para investidores institucionais, sublinhando que visa um “free float mínimo de cerca de 25%”.

“A Altri tem o compromisso de continuar a ser o acionista de referência e maioritário da GreenVolt”, sublinhou.

“Após a conclusão do IPO, a Altri irá distribuir aos seus acionistas ações da GreenVolt até um máximo de 5% do capital social e direitos de voto da GreenVolt”, adiantou.

O BNP Paribas e o CaixaBank são os ‘Joint Global Coordinators’ na oferta, o Banco Santander
e o JB Capital Markets os ‘Joint Bookrunners’, a Lazard é consultor financeiro da Altri e a Vieira de Almeida ‘legal advisor ‘ to GreenVolt. A PLMJ é ‘legal advisor’ dos ‘Joint Global Coordinators’, enquanto a Deloitte é a auditora da GreenVolt.

A Altri anunciou a 18 de março que está a estudar a colocação em bolsa da Greenvolt, que até recentemente tinha a denominação de Bioelétrica da Foz. e que passou nessa altura a ser liderada por João Manso Neto, ex-CEO da EDP Renováveis. O grupo de Paulo Fernandes adiantou nessa altura ter mandatado a Vieira de Almeida (VdA) e o banco de investimento Lazard para estudar a admissão à cotação na Euronext Lisbon.

“A GreenVolt pretende usar os recursos do IPO para alcançar seus planos de crescimento baseados em três eixos – consolidação de biomassa de ativos de baixo desempenho, energia solar fotovoltaica e desenvolvimento eólico onshore e geração descentralizada de energia”, acrescentou.

Estes recursos, complementados por project finance e autofinanciamento, permitirão executar a estratégia de crescimento e expansão , em particular as aquisições da TGPH, Profit Energy (uma empresa lucrativa com 30 megawatts de projetos instalados até 2020 com foco no segmento empresarial) e Perfecta Energía (um player de geração descentralizada em crescimento na Espanha com foco no segmento residencial), financiando os compromissos do gasoduto da V-Ridium e explorando oportunidades de projetos selecionados de biomassa e energia solar fotovoltaica em Portugal.

“Após mais de 20 anos de história de constante evolução no que a GreenVolt é hoje, a nossa empresa continua totalmente comprometida com suas raízes e princípios de criação de valor económico para acionistas, pessoas e  a sociedade de forma sustentável”, afirmou Manso Neto, no comunicado.

“O IPO da GreenVolt tornará visível o seu valor, a ser partilhado com os investidores do mercado, e proporcionará à empresa independência de capital para continuar a cumprir as suas ambições de crescimento”, explicou que a Altri, o Conselho e o CEO acreditam que esta será “uma oportunidade única” para os investidores participarem da estratégia de consolidação da principal atividade de biomassa e do plano claro para abordar o crescente mercado europeu de energias renováveis através “de um importante player pan-europeu em desenvolvimento, com amplas capacidades nos mercados europeus com mais escassez de projetos”.

No Capital Markets Day, a 8 de junho, Manso Neto informou que a Greenvolt prepara-se para investir prevê investir um valor entre 1,5 mil milhões e 1,8 mil milhões de euros até 2025, com o objetivo de construir um total de 3,6 gigawatts de projetos de energias renováveis “com alta qualidade”.

Manso Neto adiantou na altura que a empresa, que é líder em Portugal com uma quota de mercado de 48% na produção de energia renovável a biomassa tem projetos em fase inicial de desenvolvimento em França e na Itália, numa estratégia que tem “uma tangível ambição pan-europeia” e que já conta com operações na Polónia, Grécia, Roménia,

Esta quinta-feira, a GreenVolt adiantou que através da V-Ridium, já é uma das maiores empresas europeias em energia solar fotovoltaica e eólica onshore, com uma plataforma pan-europeia com um pipeline de cerca de 3,6 gigawatts (GW) dos quais cerca de 1,5 GW estão atualmente em construção, prontos para construir ou em fase avançada, e que será cuidadosamente selecionada e otimizada sob uma estratégia de rotação focada na opcionalidade: vender seletivamente a RTB ou COD, ou manter os ativos como plantas produtivas no balanço.

Radek Nowak, CEO da V-Ridium, citou no comunicado que “estamos muito satisfeitos por fazer parte do IPO da GreenVolt num momento emocionante para a V-Ridium”.

“A nossa paixão pelo negócio das energias renováveis e o nosso profundo conhecimento dos mercados mais promissores em que operamos, tornaram-nos um player de desenvolvimento pan-europeu líder neste segmento atraente e competitivo”, sublinhou.

[Em atualização]

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