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Amazon atinge capitalização de dois biliões de dólares e entra no clube exclusivo de Wall Street

Aposta acérrima em IA e IA Generativa levaram a Amazon a um clube restrito onde só chegaram a Alphabet, Apple, Microsoft e Nvidia.
27 Junho 2024, 10h18

Andy Jassy conseguiu algo que Jeff Bezos nunca logrou. Depois de muita espera e paciência, a Amazon entrou no exclusivo clube das cotadas avaliadas em dois biliões de dólares (1,87 biliões de euros), tornando-se a quinta empresa norte-americana a atingir este valor.

A valorização do seu valor de mercado deve-se ao otimismo sentido em torno da Inteligência Artificial e, indica a “Reuters”, também devido à redução das taxas de juro este ano, o que deve fazer aumentar a procura por produtos tecnológicos.

Esta capitalização de mercado foi conseguida depois das ações da empresa liderada por Andy Jassy subirem 3,9% para 193,60 dólares. Em termos anuais, a empresa com sede em Seattle valorizou-se 52%, isto depois dos vários investimentos que a empresa tem feito em Inteligência Artificial.

Agora, a Amazon, avaliada em 2,01 biliões de dólares, junta-se às outras grandes tecnológicas no exclusivo e restrito clube: Alphabet (2,27 biliões de dólares), Apple (3,27 biliões de dólares), Microsoft (3,36 biliões de dólares) e Nvidia (3,11 biliões de dólares). Na semana passada, a Nvidia tornou-se a empresa mais valiosa de Wall Street ao atingir uma capitalização de 3,33 biliões de dólares, sendo que posteriormente viu os seus títulos perderem valor, apesar de se manter no ainda mais exclusivo ‘3 trillion dollar baby‘.

O foco da Amazon tem sido a aposta em produtos voltados para negócios, nos quais estão incluídos modelos de IA e o chatbot Q, que a tecnológica disponibiliza para empresas que utilizam a sua unidade de cloud, AWS, em forte concorrência com o ChatGPT.

Em abril, o CEO da Amazon indicou que estes recursos de Inteligência Artificial ‘reabilitaram’ o crescimento da AWS (unidade que este criou e liderou), estando a mesma a caminho de atingir os 100 mil milhões de dólares em receita anual.

Em dezembro do ano passado, aquando da Re:Invent, uma das maiores conferências da AWS, o vice-presidente desta unidade, Adam Selipsky, e Jensen Huang, CEO da Nvidia anunciaram a expansão da colaboração estratégica entre as duas empresas, com o intuito de oferecer a infraestrutura, software e serviços atualizados para potenciar a Inteligência Artificial Generativa para os clientes.

Ainda na semana passada, e no âmbito dos produtos de Inteligência Artificial, surgiram no mercado indicações de que a Amazon se preparava para atualizar a assistente digital Alexa com IA Generativa, além de estar a pensar em cobrar uma assinatura mensal até 10 dólares.

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