A América está a crescer enquanto produtora de petróleo e destronou o Médio Oriente, de onde a energia mundial dependia há alguns anos. O continente onde está a maior economia mundial ultrapassou a antiga fonte global de ouro negro: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque e Irão, os ‘pesos-pesados’ da OPEP.
Incluindo derivados, a América já produz mais do que todos os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), de acordo com o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) analisado esta terça-feira pelo jornal espanhol “El Economista”.
Os países produtores de petróleo na América são Estados Unidos, Canadá, México, Brasil ou Guiana. Juntos, produzem 34 milhões de barris de petróleo e derivados por dia. Por outro lado, a OPEP controlava 40% da produção mundial de petróleo em 2006 e, nos dias de hoje, apenas um terço (31%), segundo os números oficiais da AIE.
Por exemplo, a produção nos Estados Unidos passou de sete milhões de barris por dia em 2013 para mais de 13 milhões diários atualmente, sendo que se prevê que depressa chegue aos 15 ou 20 milhões. No caso do Brasil, a produção de petróleo bruto mais do que triplicou, para 3,5 milhões de barris de petróleo bruto por dia, desde o início do século.
“A mudança no fornecimento global de petróleo dos principais produtores do Médio Oriente para os Estados Unidos e outros países da Bacia Atlântica, e o impacto dominante da China e do seu sector petroquímico em expansão na procura de petróleo, estão a ter um impacto profundo no comércio global de petróleo”, confirma o relatório de dezembro da AIE, consultado pelo Jornal Económico.
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