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André Ventura admite acordo nacional se o PSD se radicalizar

No entender do líder do Chega, existem dois caminhos que o PSD tem de escolher no futuro: “Ou há esta diabolização do Chega tolerada pelo PSD, em que prefere dar as mãos à extrema esquerda e ao PS ou então o PSD percebe que não vai haver futuro Governo à direita em Portugal sem o Chega”.
10 Novembro 2020, 19h08

André Ventura, líder e deputado único do Chega, agradeceu esta terça-feira as palavras de Rui Rio, presidente do PSD, sobre o acordo atingido pelos dois partidos para uma solução governativa nos Açores.

“Vim agradecer a Rui Rio as palavras que foram ditas em que se admite um entendimento com o Chega a nível nacional. Foi o entendimento possível, gostaríamos de ter ido mais longe mas não foi possível”, realçou André Ventura. No entanto, aquele que também é deputado único do partido no Parlamento, admitiu que um acordo a nível nacional com o PSD só será possível se os sociais-democratas se radicalizarem.

Para André Ventura, essa radicalização do PSD deve acontecer “ao nível do combate à corrupção, ao desperdício do sistema político com 230 deputados, o combate à pedofilia e ao sistema fiscal absurdo em que uns pagam por outros que não querem fazer nada”.

Sobre a possibilidade de PSD e Chega chegarem a acordo no continente, Rui Rio reiterou esta segunda-feira a posição que já tinha demonstrado quando questionado sobre este tema: “No futuro, no continente, se o Chega se moderar pode haver hipóteses de diálogo. Nos Açores, o Chega moderou-se”.

No entanto, e no entender do líder do Chega, existem dois caminhos que o PSD tem de escolher no futuro: “Ou há esta diabolização do Chega tolerada pelo PSD, em que prefere dar as mãos à extrema esquerda e ao PS ou então o PSD percebe que não vai haver futuro Governo à direita em Portugal sem o Chega”.

A 2 de novembro, o Chega anunciou apoio a uma solução governativa liderada pelo PSD. “Da nossa parte, existirá o apoio possível, em termos parlamentares, que é um apoio imprescindível para que haja uma governação sólida, estável e duradoura, e esse será o nosso contributo durante esses quatro anos”, assegurou à Lusa o líder regional do Chega, Carlos Furtado.

O entendimento entre o PSD e o Chega para um acordo de base parlamentar passa por uma proposta de redução dos deputados regionais, reduzir a subsidiodependência nos Açores, criar um gabinete de luta contra a corrupção e a incrementação da autonomia regional.


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