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André Ventura recandidata-se à liderança do Chega

“Temos uma oportunidade de ouro para virar a página do socialismo que nos tem empobrecido”, atirou Ventura no início do discurso de recandidatura.
7 Janeiro 2024, 16h40

O atual líder do Chega recandidatou-se à liderança do partido perante as eleições de 10 de março. André Ventura admite, em conferência de imprensa, que se recandidata “por entender que o trabalho que comecei em 2019 ainda não foi concluído”.

“Temos uma oportunidade de ouro para virar a página do socialismo que nos tem empobrecido. Seria, por isso, incauto e negligente abandonar o barco nesta altura, quando sentimos que é, mais do que nunca, exigido pelos portugueses esforço, dedicação, perseverança e sacrifício para que possam ter, dia 10, a mudança por que tanto esperam”, disse Ventura.

Para André Ventura, o objetivo do Chega é “ambicioso, difícil, mas claro”: vencer as eleições legislativas que se aproximam. “Vencer as eleições do dia 10 sabendo que é um caminho difícil. Sabendo que quebrar a bipolarização do sistema português de há 50 anos é uma tarefa de difícil realização”.

“Tem sido feito um esforço de sermos reconhecidos pelos portugueses como o único partido que quer, efetivamente, mudar a forma de fazer política”.

“Caminho nunca será fácil com dois partidos que se acoplaram ao sistema de Estado e aos seus lugares e daí não querem sair. Dois partidos que escravizaram a mentalidade dos portugueses como se fossem a última alternativa, mesmo que agora as sondagens indiquem uma terceira possibilidade de vitória”, atirou, em direção ao PS e PSD.

“País precisa de uma mudança. Quem não está disposta a fazê-la não devia estar nesta corrida eleitoral”, adiantou.

Além de querer vencer as eleições legislativas em março, André Ventura admitiu que a sua nova candidatura também tem como objetivo “criar uma maioria de direita no espectro parlamentar ao longo dos próximos anos”, pretendendo quebrar “o permanente sequestro do Partido Socialista e pela esquerda portuguesa”.

No mesmo discurso, Ventura propôs uma reforma à justiça portuguesa, tendo como objetivo “romper com a impunidade”. Nesta mesma linha de pensamento, o recandidato à liderança do Chega lança farpas ao Congresso do PS, notando presenças que estão a ser investigadas pela justiça.

André Ventura relembra ainda a “surpresa” das últimas eleições autárquicas, em que o partido conseguiu eleger vários autarcas pelo país. Este é, também para o candidato ao partido, um dos objetivo: “implementação forte do Chega pelo país”, destacando o rápido crescimento do partido ao longo dos últimos cinco anos.

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