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Angola: crescimento da indústria petrolífera estimula outros setores, destaca AECIPA

O presidente da AECIPA, Bráulio de Brito, considerou ainda que “a diversificação e o crescimento económico dos países sustentados na produção e exportação de petróleo só pode acontecer se se continuar a produzir de forma limpa”.
Worker and oil rig in sunset, created with Generative AI technology
2 Outubro 2024, 07h30

O presidente da Associação das Empresas Prestadoras de Serviço da Indústria Petrolífera Angolana (AECIPA) considera que “o crescimento da indústria petrolífera se transfere para a economia angolana” trazendo melhorias às pessoas e contribuindo para a diversificação da economia.

“O crescimento da indústria petrolífera transfere-se para a economia angolana e fomenta a diversificação, principalmente das indústrias e a agricultura, e precisamos de ter em conta os aspetos da transformação energética”, disse hoje Bráulio de Brito em entrevista à Lusa na semana em que se realiza a conferência Angola Oil & Gas.

Questionado sobre a vontade de diversificar a economia, afastando-a da dependência do petróleo e do gás, e as crescentes preocupações ambientais, por um lado, e a necessidade de manter a exploração petrolífera para financiar a transição energética, por outro, Bráulio de Brito afirmou que as duas coisas não são incompatíveis.

“A grande questão não é somente olhar para as métricas a nível internacional, mas sim olhar para como produzimos mais, e de forma eficiente, tendo em atenção o impacto que a nossa indústria pode causar no ambiente, e promovendo técnicas de produção mais amigas do ambiente”, defendeu o gestor.

O presidente da AECIPA considerou ainda que “a diversificação e o crescimento económico dos países sustentados na produção e exportação de petróleo só pode acontecer se se continuar a produzir de forma limpa”.

“A economia angolana continuará a ser suportada, em grande medida, pela indústria petrolífera, e essa grande força financeira que essa indústria traz para o país pode e deve, e tem sido, transformada nos vários projetos que o governo angolano vai estabelecendo” para garantir a diversificação económica, apontou o também presidente da Tradinter, uma empresa angolana de prestação de serviços.

A conferência, considerou, será “uma plataforma de reflexão sobre a indústria petrolífera angolana e africana”.

“Deverá debater a estratégia de desenvolvimento e implementação do conteúdo local nas vertentes humana, de emprego e desenvolvimento profissional do técnico angolano, de tecnologia e de mais apetência pelo investimento em Angola, já que continua a ver-se o interesse de multinacionais estrangeiras virem para Angola fazer exploração”, referiu.

A Conferência Angola Oil & Gas realiza-se no Centro de Convenções Talatona na quarta e quinta-feira e assume-se como “o principal evento de Angola para o setor petrolífero e de gás, tendo o apoio do Ministério dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás angolano, da Sonangol, da Câmara Africana de Energia e dos Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo.

Com o tema ‘Impulsionar a Exploração e o Desenvolvimento Rumo ao Aumento da Produção em Angola’, a conferência reúne toda a cadeia de valor do setor para debater o caminho a seguir para a indústria, lê-se no site da conferência, que lembra que no ano passado foram recebidos mais de 2.200 delegados de 41 países e assinados sete acordos.

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