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Angola e EUA lideram quebra nas compras a Portugal no segundo trimestre

As dificuldades que a pandemia trouxe ao comércio internacional continuam a fazer-se sentir, como se pode ver pela descida generalizada do volume de negócios de Portugal com os seus principais parceiros comerciais, tanto enquanto exportador, como enquanto importador.
9 Setembro 2020, 12h36

Todos os principais clientes e fornecedores internacionais de Portugal registaram quebras significativas no volume de negócios com o nosso país, tanto a nível das importações, como das exportações, revelam dados do INE. A única exceção é França enquanto mercado importador, que cresceu 1,1% em julho, em termos mensais e homólogos.

Analisando os principais importadores de bens portugueses, Angola foi o que registou uma maior diminuição em julho, ao importar menos 30,6% a Portugal do que havia feito em igual período de 2019. Segue-se os EUA, com menos 17,9% de bens importados a Portugal do que em julho de 2019 e os Países Baixos fecham o top-3, com menos 15,6%.

Em termos trimestrais, Angola (-35,6%) e os EUA (-30,4%) mantêm as suas posições no ranking, enquanto que o Reino Unido se assume como o terceiro mercado onde mais caíram as exportações portuguesas (-24,9%), isto dentro dos dez principais clientes nacionais. O parceiro comercial português com a menor quebra nas exportações nacionais em termos trimestrais é França, que, ainda assim, encomendou menos 12% do que havia feito em igual período de 2019.

Enquanto país fornecedor de Portugal, os gauleses viram as importações portuguesas caírem 50,9% em julho, o maior decréscimo nos mercados onde Portugal se fornece. Também a Rússia verificou uma queda de 40,7%, seguindo-se o mercado norte-americano, que exportou menos 31,4% para Portugal em julho. Todos estes valores se referem a uma comparação homóloga.

O Reino Unido (-4%) e Alemanha (-8%) são, entre os principais fornecedores portugueses, quem registou as variações mais baixas em julho e em termos homólogos.

Analisando o segundo trimestre como um todo, a China é quem registou menores perdas no volume fornecido a Portugal, ao cair apenas 2,4% em relação a igual período do ano anterior. Seguem-se os Países Baixos, mas já para lá da barreira dos 10%, com -10,6% de encomendas portuguesas.

Do outro lado, a Rússia viu a importações nacionais caírem para menos de metade (-62,2), bem como França (-56,2%) e os EUA (-51,5%), quando comparando com o segundo trimestre de 2019.

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